quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Dia Internacional de Atenção à Gagueira

Hoje é o dia Internacional de Atenção à Gagueira! Peça ajuda a um fonoaudiólogo! Gagueira tem tratamento, não tem graça!
 
 
A gagueira na infância tem de 98% a 100% de chances de ser eliminada, desde que adequadamente detectada e competentemente tratada. O que significa "adequadamente detectada"? Significa que as pessoas que interagem com a criança, do seu pediatra ao seu professor de pré-escola, além de seus pais e familiares, devem estar atentas ao desenvolvimento da fala e da linguagem da criança.
 
 
1. OUÇA A FALA DE SUA CRIANÇA COM ATENÇÃO. Não pressuponha que a gagueira esteja acontecendo porque houve um susto, ou porque nasceu (ou faleceu) alguém, ou porque levou um tombo e bateu a cabeça, entre tantas alternativas. As causas da gagueira ainda não são conhecidas plenamente. Porém, já se sabe com bastante certeza, que eventuais problemas emocionais são consequência de uma fala gaguejada, não tratada em tempo hábil de ser revertida. Por isso, a segunda orientação tem a ver com a presteza com que você vai agir.


 2. NÃO ESPERE. Aprender a falar é muito complicado. Não pense que sua criança ainda é tão pequena, que isso vai passar... Gagueira que durar mais de três meses precisa ser avaliada pelo fonoaudiólogo especialista e, se for o caso, tratada. A prevenção é a melhor forma de se impedir que uma gagueira fique crônica2. Ainda não podemos impedir que uma criança comece a gaguejar, especialmente se há outras pessoas que também gaguejam na mesma família. Mas podemos impedir que esta criança se torne um adulto que gagueja. 


O QUE VOCÊ, que  é pai, mãe, professor, ou interessado no assunto, PODE FAZER PARA MELHORAR A FALA DE UMA CRIANÇA QUE GAGUEJA?


 # Mostrar ao invés de mandar fazer é muito mais eficiente. Se quiser que a criança fale mais devagar, por exemplo, então fale você mais devagar com ela. Isto vai lhe permitir entender o que lhe é solicitado. Seja um bom modelo de fala para a criança.


# Falar com ao invés de falar para. Significa ouvir mais e mandar menos, ter tolerância, promover experiências agradáveis de fala, auxiliar a criança a expressar seus sentimentos.


# Usar a comunicação não-verbal. Expressar apoio, usar padrão vocal afetuoso, ter proximidade, demonstrar afeto e compreensão. Tocar a criança, acolhê-la.


 # Diminuir a pressão do tempo na comunicação. Falar mais devagar com a criança, dar-lhe tempo, não interromper. Falar com a criança na mesma altura dela. Abaixe-se, ou traga-a para a altura de seus olhos. 


 # Aceitar a criança que gagueja. Procurar entender as diferenças individuais da fala, aumentar a tolerância, expressar aceitação, descrever os comportamentos ao invés de rotulá-los. Conversar com a criança a respeito da "boca que às vezes tranca", "da fala que às vezes parece difícil", orientando-a direta e calmamente, evitar dizer "pare", "respira", "fala devagar", nem pedir para parar e começar de novo. Tentar reduzir os medos e as frustrações com a fala gaguejada para mostrar à criança como lidar com estes sentimentos.


 # EVITAR A "CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO". Falar com seus familiares sobre a gagueira, sobre como é importante respeitar a criança que não quer ser centro de atenções, a necessidade de que a escola e os professores estejam orientados para manejos em sala de aula e em momentos de tensão, como a hora da novidade ou da leitura.


# Para tanto, é preciso ATUALIZAR E MAPEAR CONHECIMENTOS que permitam maior precisão na sua busca de solução para a gagueira de sua criança. Acima de tudo, faça com que ela sinta a sua importância no meio onde está, apesar de sua gagueira. Se ela conseguir pensar "Gaguejo sim, e daí?", os caminhos ficarão mais fáceis.
 
 
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Crédito: Abra Gagueira

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