sábado, 27 de maio de 2017

Alterações na fala: o que fazer

Descubra como identificar problemas que podem interferir na aquisição da linguagem e aprenda maneiras de estimular seu filho para evitá-los.

(Por Juliana Malacarne) 
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A fala é um processo complexo, que exige a combinação de uma série de elementos funcionando adequadamente e em harmonia para ser produzida. Entre eles, estão a integridade dos sistemas nervoso central e periférico, que comandam todo o processo, o volume de fluxo e pressão do ar vindo dos pulmões, a articulação de lábios, língua, bochechas, palato mole, dentes, mandíbula, faringe e laringe, além da integridade auditiva.
Qualquer pequena alteração em um desses aspectos pode causar dificuldades na comunicação verbal. É fundamental, portanto, ficar atento a qualquer disfunção, principalmente em crianças, pois, quanto antes o problema for notado, mas fácil será corrigi-lo.
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O primeiro passo para saber se está tudo em ordem nesses sistemas é submeter os recém-nascidos ao teste da orelhinha, que detecta o comprometimento da audição, e ao teste da linguinha, para avaliar o funcionamento do freio lingual, que pode atrapalhar a mobilidade da estrutura. 
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Depois disso, cabe ao pediatra, aos pais e aos professores identificar eventuais problemas e procurar a ajuda de um fonoaudiólogo, se necessário. Faça isso se o seu filho apresentar:

- Alterações musculares: perda ou diminuição da mobilidade da mandíbula ou da língua,  flacidez da língua e dos lábios, principalmente do inferior e retração do superior (lábios entreabertos).
- Alterações ósseas: conformação incomum da face, disfunções dentárias, ou palato, conhecido como céu da boca, muito fundo. Na dúvida, consulte um odontopediatra.
- Produção excessiva ou insuficiente de saliva.
- Estalos ao falar e mastigar, que são sinais de disfunção na articulação temporomandibular-- na junção do maxilar e do crânio.
- Alterações na mastigação e na deglutição.
- Língua presa ou freio lingual com inserção longa, que pode ser percebida por sinais como: dificuldade em levantar a língua até aos dentes de cima, em colocar a língua para fora da boca e problemas na amamentação (o bebê morde o mamilo da mãe, em vez de sugar, por exemplo).

Para prevenir esse tipo de problema, é importante que os bebês sejam estimulados corretamente. É possível começar quando seu filho ainda estiver no útero, cantando e contando histórias para ele. Depois que nascer, a amamentação também ajudará no desenvolvimento muscular e no crescimento ósseo. À medida que o tempo passar, os pais podem acrescentar outros exercícios, como conversar com a criança, instigando a fala, pois, assim, dão exemplos de como articular as palavras corretamente.
Fonte: Sueli Yoko Nakano, fonoaudióloga do Hospital Sepaco (SP)


domingo, 21 de maio de 2017

Trabalhando a psicomotricidade na escola

Diante da dúvida que permeia a cabeça de muitos pais sobre a questão da lateralidade (predominância motora de um dos lados do corpo), quando vê o bebê segurando o brinquedo ora com uma mão, ora com outra, os especialistas garantem que essa é uma agilidade motora normal, já que nesta faixa etária a criança é ambidestra (habilidade com as duas mãos).

A lateralidade é determinada por volta dos 6 aos 8 anos, no entanto antes dessa fase a criança manifesta sua escolha quanto ao uso de uma das mãos.

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 As causas que originam a lateralidade da criança ainda não apresentam uma conclusão definitiva, porém alguns cientistas sustentam a ideia da determinação genética. Sendo assim, uma característica adquirida dos pais. Segundo estudo realizado no início dos anos 90, filhos de pais destros têm 9,5% de chance de ser canhotos. A possibilidade aumenta de 19,5%, quando o pai ou a mãe é canhoto. Em casos que o pai e a mãe são canhotos, o filho poderá apresentar 26% de chance de ser canhoto.

A lateralidade é dominada pelo cérebro, sendo que os movimentos da parte esquerda do corpo são estimulados pelo hemisfério cerebral direito e vice-versa.  Antigamente, as crianças canhotas eram vistas como anormais. Na escola recebiam castigos como “reguadas” e tinham o braço esquerdo amarrado pelos professores.

A lateralidade da criança não deve ser reprimida, uma vez que pode ocasionar prejuízos à criança, como afirmam os neurologistas. Um exemplo disso é a dificuldade em ser alfabetizada quando são canhotas e obrigadas a utilizar a mão direita. A leitura e a escrita também podem ser retardadas. Podem enfrentar problemas de orientação espacial, fazendo-as tropeçar e trombar nas coisas.
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Jogos e Brincadeiras para Desenvolver a Lateralidade

* Colocar uma criança no centro. Pedir a outra criança que fique à direita dela; outra atrás; outra à frente e outra à esquerda. Batendo palmas, as crianças mudam de posição e dizem a sua nova posição.

* Brincar solicitando que apontem ou levantem as partes do corpo solicitadas:
- Identificação de esquerda e direita;
- Levantar mão direita; mão esquerda; pé esquerdo; pé direito; mostrar o joelho direito; joelho esquerdo; mostrar o olho direito; olho esquerdo; orelha esquerda, orelha direita;
- Mão direita, no pé esquerdo; mão direita no pé direito; mão esquerda no pé esquerdo; mão esquerda no pé direito;
- Mão direita no olho esquerdo; mão esquerda no olho direito; mão esquerda no olho esquerdo; mão direita no olho direito




Esquema corporal é o conhecimento que temos do corpo em movimento ou em posição estática, em relação aos objetos e o espaço que o cerca. É através do desenvolvimento do esquema corporal que a criança toma consciência de seu corpo e das possibilidades de expressar-se por meio desse corpo. Exemplo de atividade: raposa que gostava de comer capim.
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Jogos e Brincadeiras para Desenvolver o Esquema Corporal

Estátua

Objetivo: Desenvolver o esquema corporal, capacidade de expressão corporal, criatividade e socialização
Parte Prática: o professor sugere ou uma roda ou um local mais alto como um palco onde as pessoas possam ver com facilidade o que será feito . Duas crianças serão escolhidas para ir à frente, as quais serão estátuas, ou seja, não poderão se movimentar. Em seguida dois-a-dois da plateia devem ser chamados para modificar como queiram as duas estátuas.

Mímica teatral


Objetivo: Desenvolver o esquema corporal, capacidade de expressão corporal, criatividade e socialização.
Material: um espaço privado, gravuras e fotografias.
Parte Prática: o professor antes de iniciar o jogo deve preparar um material diferente para escolher pares, por exemplo: separe gravuras, fotografias que têm relação uma com a outra tipo um animal e uma floresta, foto de uma criança e de um parque artistas, ou corte as gravuras ao meio . Distribua as gravuras entre os alunos (em número par). Ao sinal, todos terão que achar seus pares. Quando isso acontecer terão que montar um miniteatro ou mímica que expresse o que está na fotografia. Os outros participantes vão tentar descobrir. A turma que fizer melhor e com maior perfeição será a vencedora.

João bobo
Organizar os alunos em trios e propor a brincadeira do “João Bobo” – Em que um aluno fica no centro com o corpo rígido deixando-se movimentar para frente e para trás pelos dois colegas.


Identificando partes do corpo
Orientar, com uma música clássica ao fundo, que os alunos, de olhos fechados, toquem cada parte do corpo: cabeça, cabelos, rosto, braços, mãos, pernas, pés, barriga etc.

Desenhando o colega
Cada aluno deitará em uma folha grande de papel pardo do tamanho suficiente para que o colega contorne o perfil do seu corpo. Todos com seus perfis contornados deverão completar a figura de seu corpo acrescentando detalhes que o identifiquem.

Espelho
Escolhem entre si quem primeiro será a imagem e quem será o executor dos movimentos.

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Conversa
Conversar de forma informal sobre cada parte do corpo: boca, nariz, orelhas, braços, mãos, tronco, pernas, pés... Para que servem? Deixar que os alunos se expressem livremente, fazendo as devidas colocações e orientações.


Músicas

Partes do Corpo:

Cabeça, ombro, joelho e pé.
Cabeça, ombro, joelho e pé.
Olhos, ouvidos, boca e nariz.
Cabeça, ombro, joelho e pé.

Pop Pop:
Coloque a mão para frente,
Coloque a mão para o lado,
Coloque a mão para frente,
Balança ela agora
Eu danço pop pop
Eu danço pop pop
Eu danço pop pop
Assim é bem melhor!
(Repetir com todas as partes do corpo possíveis.)

Remexo:
Ponha a mão na cabeça
Ponha a mão na cintura
Dá um abraço no corpo
Dá um abraço doçura
Sai sai sai Oh! Piaba Sai lá da lagoa

Equilíbrio
  • Fazer uma linha no chão e pedir para que andem nela;
  • Pular de um pé só sobre a linha;
  • Engatinhar sobre a linha sem tirar as mãos e os joelhos dela;
  • Ficar equilibrado num pé só, e em seguida alternar os pés;
  • Equilíbrio com os olhos fechados;
  • Senso de direção com os olhos fechados;
  • Equilíbrio agachado;
  • Seguir orientação do professor para encontrar um objeto com os olhos vendados;
  • Brincadeira de estátua, permanecendo na posição que o professor orientar;
  • Sentar, deitar e levantar sem se apoiar;
  • Equilibrar a bola na mão direita durante o percurso proposto (trocar a mão na volta);
  • Permanecer na ponta dos pés, enquanto se conta até dez;
  • Levantar e baixar na ponta dos pés;
  • Andar sobre linhas marcadas no chão: retas, quebradas, curvas, sinuosas, círculos, mistas.


Ritmo é o tempo que demora a repetir-se um qualquer fenômeno repetitivo, mas a palavra é normalmente usada para falar do ritmo quando associado à música, à dança, ou a parte da poesia, onde designa a variação (explícita ou implícita) da duração de sons com o tempo. Quando se rege por regras, chama-se métrica. O estudo do ritmo, entoação e intensidade do discurso chama-se prosódia e é um tópico pertencente à linguística. Na música, todos os instrumentistas lidam com o ritmo, mas é frequentemente encarado como o domínio principal dos bateristas e percussionistas.

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Objetivos:
• Desenvolver a capacidade física dos educandos assim como a saúde e a qualidade de vida.
• Propiciar a descoberta do próprio corpo e de suas possibilidades de movimento.
• Desenvolver o ritmo natural.
• Possibilitar o desenvolvimento da criatividade para descoberta do estilo pessoal.
• Despertar sentido de cooperação, solidariedade, comunicação, liderança e entrosamento através de trabalho em grupo.



Trabalhar os sentidos em sala de aula é muito interessante. Instigar a curiosidade dos alunos faz com que eles participem mais e aprendam sobre os órgãos e processo sensorial.

Jogos de Trabalho com corpo e explorando os sentidos:

Caçador de tartarugas
Os jogadores dispersam-se pelo pátio: são as tartarugas. Ao sinal, o caçador sai correndo para pegar as tartarugas. Estas evitarão ser apanhadas deitando-se de costas, pernas e braços encolhidos, imitando tartaruga deitada de costas. Enquanto estiverem nesta posição, não poderão ser caçadas. O jogador que for apanhado será eliminado.

Jogo das Cores
Sentados em círculos, os alunos devem aguardar a indicação do professor.
Ao indicar uma cor, exemplo: verde – Todos devem sair correndo e tocar em algo da cor indicada.

Me dá um abraço
Os alunos devem estar distantes um do outro. Ao sinal especificado: Três palminhas dadas pelo professor, por exemplo, todos devem correr e encontrar um amigo para abraçar.

Lobos e Carneirinhos
Formação: Traçar no chão duas linhas afastadas cerca de 20 metros uma da outra. As crianças são divididas em dois grupos: lobos e Carneirinhos. Cada grupo se coloca atrás de uma linha. O grupo dos lobos fica de costas para o grupo dos Carneirinhos.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor, os Carneirinhos saem a caminhar, o mais silenciosamente possível, em direção aos lobos. Quando estiverem bem próximo deles o professor diz: “Cuidado com os lobos”! Estes, então, voltam-se rapidamente em partem em perseguição aos Carneirinhos. Os Carneirinhos apanhados antes de alcançar a linha original (de onde vieram) passam a ser lobos. Na repetição da brincadeira invertem-se os papéis.
Sugestão: Antes de proporcionar essa brincadeira, é interessante que se explore o que se sabe e se discuta sobre esses animais: Como são? Quem já viu um carneirinho? Quem já viu um lobo? Onde? Quando? Se viu, o que achou do animal? Vamos imitar um lobo? Vamos imitar um carneirinho?
O professor deve explorar o tema de acordo com o interesse das crianças.

Onça Dorminhoca
Formação: Formar com os alunos uma roda grande. Cada criança fica dentro de um pequeno círculo desenhado sob os pés, exceto uma que ficará no centro da roda, deitada de olhos fechados. Ela é a Onça dorminhoca.
Desenvolvimento: Todos os jogadores andam a vontade, saindo de seus lugares, exceto a onça dorminhoca que continua dormindo. Eles deverão desafiar a onça gritando-lhe: “Onça dorminhoca”! Inesperadamente, a onça acorda e corre para pegar um dos lugares assinalados no chão. Todas as outras crianças procuram fazer o mesmo. Quem ficar sem lugar será a nova Onça dorminhoca.
Sugestão: Proporcionar um estudo sobre a onça, de acordo com o interesse das crianças: Quem já viu uma onça?
Aonde? Quando?
Como ela é? Como vive? O que come?
Quem quer imitá-la?
Confeccionar uma máscara de cartolina ou papelão para aquele que fará o papel da onça.
Partindo deste estudo, a criança, quando for desenvolver a atividade, criará um personagem seu relativo à brincadeira.

Corrida do Elefante
Formação: As crianças andam à vontade pelo pátio. Uma delas separada utiliza um braço segurando com a mão a ponta do nariz e o outro braço passando pelo espaço vazio formado pelo braço. ( Imitando uma tromba de elefante).
Desenvolvimento: Ao sinal, o pegador sai a pegar os demais usando somente o braço que está livre (O outro continua segurando o nariz). Quem for tocado transforma-se também em elefante, logo, em pegador, adotando a mesma posição. Será vencedor o último a ser preso.

Fonte: http://brasilescola.uol.com.br

domingo, 7 de maio de 2017

Quem precisa de Terapia Ocupacional?

Resultado de imagem para terapeuta ocupacionalNem todo mundo entende a abrangência da Terapia Ocupacional e sua importância no auxílio aos diversos tipos de tratamentos. Vamos conhecer a aprender a identificar quando precisamos dela!


Como o próprio nome diz, ela é uma terapia que se fundamenta no estudo e uso das ocupações humanas para promover a autonomia das pessoas em suas diversas fases da vida e em diferentes condições físicas, sensoriais, intelectuais, emocionais e sociais.

Esse campo de conhecimento tem intervenção nas áreas da saúde, educação e esfera social, para pessoas com algum prejuízo na inserção e participação em seu grupo social por dificuldade temporária ou definitiva de autocuidados (alimentação, vestuário e higiene), produtividade (escola, trabalho e atividades domésticas), tempo livre e lazer (brincadeiras e recreação).
O terapeuta, por sua vez, funciona como uma espécie de guia, mediando o processo, auxiliando o retorno de funções conhecidas que precisam de adaptações, desenvolvendo novas habilidades, ajudando a resignificar ações e sentimentos por meio de diversos tipos de atividades, e descobrindo junto ao paciente, formas de viver com bem estar. 
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Quem precisa de Terapia Ocupacional?
Segundo Ana Elizabeth, qualquer pessoa que queira ou necessite organizar seu cotidiano a partir de um estudo e aplicação das atividades necessárias ao contexto de sua vida. Porém, em algumas situações a Terapia Ocupacional é indicada para:
– Bebês e crianças que não brincam, que apresentam atraso no desenvolvimento ou nas atividades escolares;
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– Famílias que precisam de ajuda para compreender e lidar com a pessoa que apresenta alguma disfunção;
– Pessoas que sofreram danos no cérebro ou em outra parte do corpo que precisam aprender ou reaprender a realizar as atividades cotidianas, profissionais e acadêmicas de forma mais autônoma possível;
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– Adultos que queiram reorganizar a sua vida a partir de um planejamento e prática de ações que promovam seu bem estar físico, psíquico e social;
– Idosos que necessitam de atividades para uma melhor continuidade e qualidade de vida, tanto do ponto de vista ambiental como físico e cognitivo;
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– Grupos em riscos de exclusão social por diversos fatores: condições sócio econômicas, desestruturação do núcleo familiar, alterações psíquicas, intelectuais e/ou sensório-motoras, dependência químicas, entre outros.

Os ganhos da terapia ocupacional vão além da pessoa que está no centro do processo. “A família, o cuidador, o professor e as pessoas no contexto ambiental passam a fazer parte da reorganização da vida, aprendendo junto”, diz a terapeuta que trabalha com Integração Sensorial, práticas artísticas e corporais na área clínica e escolar.

Fonte:https://www.reab.me/conheca-os-beneficios-da-terapia-ocupacional/