sexta-feira, 6 de junho de 2014

Como fazer um adolescente gostar de ler?

Siga as dicas do especialista e faça seu filho de 12 a 18 anos desenvolver o gosto pela leitura. Confiram!!!
 
 
 
Ele tem mil e um pretextos para deixar os livros de lado. Diariamente seu filho, já em plena adolescência, é estimulado a dar atenção ao que funciona por meio de botões e luzes, colocando em movimento um mundo de impressões coloridas e sonoras.
 
 
É o ritual irresistível da tecnologia, sobretudo para quem contava apenas com o que estava no papel para soltar a imaginação. Concorrência brutal - e o livro sai perdendo, eis a conclusão que atormenta os pais que prezam a leitura. Ou haveria como conquistar o espaço do livro no dia a dia de um jovem tão conectado com o seu tempo?
 
 
 A batalha é difícil, mas a vitória, certa. Ao menos, tem-se essa impressão ao falar sobre o tema com Tiago Calles, professor de Português do Fundamental II, no Colégio Hugo Sarmento, na capital paulista. "O mais importante, entre os jovens de 12 aos 18 anos, é deixar claro que a leitura pode ser um ritual de prazer", avança Tiago, que também dá aula na rede pública de ensino. "Por isso, os pais precisam ter bastante cuidado na hora de escolher o tema de um livro, é o que vai fazer toda a diferença para estimular o filho adolescente a ler - e não provocar o efeito contrário".
 
 
1. A troca entre pais e filhos é estimulante
Na casa onde vivem pais leitores, o jovem já está familiarizado com a leitura desde criança, facilitando a manutenção desse hábito a partir do 6º ano, início do Fundamental II. Nesse ambiente, importante é a troca de informações/opiniões entre pais e filhos sobre temas que chamaram a atenção ao longo da semana, caso da redação primorosa de um artigo de jornal ou revista ou a última peripécia da personagem de um livro de aventuras, cuja leitura está em andamento.
 
2. Da escola para casa
Quando não há vínculo com a leitura, quando pai e mãe não são leitores de todas as horas, o importante é "pescar" o interesse da família para um determinado livro.  Como? "Normalmente, a roda de leitura entre alunos, em sala de aula, acaba sendo depois muito proveitosa em casa", comenta Tiago.
3. O adolescente não se prende a horário de leitura              
Estabelecer, na rotina doméstica, horário de leitura pode ser contraproducente, afugentando o jovem leitor em potencial. "Ele já tem muitas tarefas para cumprir no dia a dia, não deve ser penalizado com mais uma", alerta o especialista.
 
4. É importante combater as distrações              
Desligar a TV, idem, o aparelho de som e o computador em determinados momentos do dia. Pais que tomam essa iniciativa favorecem a criação de um clima propício à leitura em casa, diminuindo o poder de distração exercido pela tecnologia sobre o filho adolescente.
 
5. Leitura e navegação na web podem ser conciliadas              
Há blogs especializados em ficção, melhor, em fãs de ficção - os chamados "fanfics". Eles permitem a quem navega na web alterar o rumo de uma história favorita, acrescentando personagens, modificando o final etc.. São blogs que exemplificam, na opinião do nosso especialista, "o uso de uma ferramenta atual na exploração da literatura e da escrita".

•São exemplos que provam ser errôneo julgar a internet como inimiga mortal do livro. "Tudo depende de como ela é utilizada", observa Tiago. "A internet pode inclusive estimular a leitura ao disponibilizar, por exemplo, contos que estão esgotados sob a forma de livro". Tablet? É outra ferramenta moderna que pode ajudar o adolescente a se aproximar da leitura.
 
6. A opinião tem grande valor              
O livro despertou um comentário do seu filho com o qual o papai não concorda? Atenção. Esse jovem leitor toda a liberdade de interpretar uma história do jeito que mais lhe diz respeito - opinião que deve ser valorizada para depois servir de tema de discussão, por exemplo, durante uma refeição com o resto da família.
 
 8. Ler enriquece a imaginação              
Por que o livro continua a ser importante, seja qual for a idade do leitor? Basta pensar no fato de ele não trazer nada pronto, o que sempre serve de estímulo à imaginação. "Por mais que o autor dê detalhes, cada aluno faz uma versão bem pessoal de uma personagem, se a ele for pedido um desenho", destaca Tiago.
 


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Fonte: Site Educar para Crescer

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