sábado, 15 de junho de 2013

Como ajudar seu filho a lidar com a timidez

Saiba o que fazer quando a timidez se torna um sofrimento para seu filho

 
Foto: Incentive a sociabilidade de seu filho com as dicas abaixo!
                                       
Incentive a sociabilidade de seu filho com as dicas abaixo!
           
 
Ele não é o mais popular da turma. Fala baixo, não usa muitos gestos, fica vermelho com facilidade quando chamam a atenção sobre ele, expressa pouco suas ideias e opiniões. Em resumo, ele é tímido. Se seu filho apresenta essas características, é preciso ter atenção na hora de avaliar seu comportamento: "Algumas famílias têm como ideal aquela criança desinibida, atirada e comunicativa.
 
 
Porém, é preciso respeitar os traços da personalidade da criança que se apresenta um pouco retraída, mas que se relaciona bem com os colegas sem ser o mais popular", afirma a psicóloga Eliana de Barros Santos. A timidez não é uma doença e nem é um problema quando se manifesta dessa forma.
 
 
O comportamento tímido do filho só deve merecer intervenção dos pais quando começa a provocar sofrimento para a criança. É o caso das crianças que buscam sempre se isolar e brincar sozinhas e que consideram uma verdadeira tortura participar de atividades sociais que deveriam ser prazerosas, como passeios e festas. A timidez também é um problema quando começa a prejudicar o desempenho da criança em suas atividades cotidianas, como na escola. Veja o que fazer para ajudar seu filho a entender e lidar com a própria timidez.
 
 
A timidez é um padrão de comportamento em que a pessoa não consegue exprimir (ou exprime pouco) o que pensa e sente por receio de não ter a aprovação dos outros. Ela mostra desconforto e inibição em situações de interação pessoal. Ela é um desconforto frente uma situação que envolve interação social.
 
 
Uma criança pode ter a chamada de timidez crônica quando apresenta grande dificuldade em para se relacionar com os outros em diversos tipos de situações sociais e não apenas em uma situação específica (como falar em público, por exemplo). Para quem tem timidez crônica, "os outros" são vistos como uma verdadeira ameaça à sua integridade emocional. "Quem é ‘o outro’? Pode ser o colega de sala, pode ser o vizinho, a sociedade.
 
 
Nos casos mais severos de timidez, a ideia de ter que interagir com alguém é suficiente para desencadear o desconforto. A pessoa que apresenta timidez está preocupada com o que ‘o outro’ pode vir a pensar sobre ela, sobre o que faz, sente ou fala. Sua atenção está focada quase exclusivamente em si mesmo", diz a psicóloga Eliana de Barros Santos.
 
 
 
Um dos sinais de timidez é rubor na face. Ele pode estar associado ou não ao rubor das orelhas e do pescoço. Seu aparecimento é acompanhado de um sintoma que se caracteriza por sensação súbita de calor na região afetada. É comum também o tímido apresentar uma fala não fluente (gaguejar), usar baixo volume de voz, ter pouco contato visual com o interlocutor e usar pouca expressão corporal.


 A psicóloga Eliana de Barros Santos acrescenta que a criança tímida pode também apresentar sudorese excessiva. Muitas vezes o tímido tenta fugir da situação que o assusta.  Ela está excessivamente focada no julgamento que farão dela: ‘estão me olhando e vou ser avaliada’. Ela não confia em ser capaz de corresponder à expectativa do outro e constrói uma imagem negativa de si mesmo: ‘Sou um desastre, faço tudo errado.
 
 
 
Quando a criança começa a se isolar, prefere estar sempre sozinha e não quer participar de situações sociais que deveriam ser prazerosas, como festas e passeios, os pais devem intervir para ajudá-lo a se sociabilizar. Nessas horas os pais podem sim intervir e investir em situações em que a criança vá gradativamente aprendendo e ganhando confiança para se expor mais e participar das atividades sociais.
 
 

Outra dica é procurar aproximar a criança de outras que tenham gostos e atividades semelhantes. "Quando a criança tem gostos e características diferentes da maioria, deve-se ajudar essa criança a encontrar amigos que compartilhem dos mesmos prazeres.
 
 
 
Como principais figuras de referência das crianças, os pais acabam sendo os modelos de comunicação e sociabilidade. Se eles são expansivos, é mais provável que os filhos também sejam assim. E vice-versa. Isso não quer dizer que ser popular é comunicativo é o mais correto, mas o exemplo dos pais pode ajudar os filhos a saber como se relacionar com os outros.
 
 
 
Eles devem proporcionar oportunidades para o filho interagir com outras crianças, buscar espaços onde haja mais crianças e estimular atividades coletivas. Os pais devem procurar brincar mais com esse filho e convidar outras crianças para brincar com ele em casa.
 
 
 
Fonte: Site Educar para Crescer

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