terça-feira, 1 de outubro de 2013

Tire suas dúvidas sobre a doação de órgãos

O Dia Nacional da Doação de Órgãos foi lembrado no  dia 27 de setembro com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do transplante de órgãos.
 

mão segurando um coração - Getty Image
 

Por que é importante doar?

A doação de órgãos pode prolongar a vida ou melhorar a qualidade de vida do transplantado. "A família do paciente que registrou morte encefálica pode optar pela doação e, com isso, saber que está beneficiando outras pessoas. E, se um dia, alguém precisar de uma doação poderá saber que terá o retorno de uma sociedade mais consciente", explica o presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, José Osmar Medina. 
 
 
Casal conversando com médico - Getty Images
 

Como posso me tornar um doador de órgãos?

 Todos podem se tornar doadores. A restrição fica por conta de pacientes com Aids, com tumores no órgão a ser doado ou infecção generalizada. Segundo o gastroenterologista Wangles Soler, a doação é baseada na vontade do indivíduo e de seus familiares. "Não há necessidade de um documento que comprove a intenção da pessoa, basta que ela deixe isso claro entre seus familiares, ou que estes estejam de acordo com o procedimento". Muitas pessoas deixam de manifestar sua vontade de ser doador, dificultando a tomada de decisão da família. Pessoas de todas as idades podem ser consideradas potenciais doadoras, desde que haja uma boa condição do órgão a ser transplantado.
 
 
Médicos analisando exames - Getty Images
 

Somente coração, fígado e rins podem ser doados?

 Não. Dentre os órgão vascularizados pode haver doação de coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas e intestino. Entre os tecidos, podem-se doar as córneas, pele, ossos e vasos sanguíneos. Além da medula óssea, que mais se assemelha com a doação de sangue, já que o doador se cadastra em um banco medula e só é chamado para fazer a doação quando houver compatibilidade do paciente. Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente a principal fila de espera é para o transplante de rim.
 
 
Pessoa apagando cigarro - Getty Images
 

Devo mudar alguns dos meus hábitos para ser um doador?

 Não necessariamente. Na ocasião da morte, os médicos especializados irão conferir o histórico médico do doador para determinar os órgãos que poderão ser aproveitados. Muitas vezes, a pessoa era fumante e o estado do pulmão não está nas melhores condições para ser doado, mas outros órgãos estão com ótima capacidade.
 
 
Médicos avaliando exame de pulmão - Getty Images
 

O corpo do doador fica deformado após a retirada dos órgãos?

Não. Muitas famílias têm receio de autorizar a doação de órgãos de um ente querido que faleceu, porque não aceitam ideia da deformação do corpo da pessoa com a possível retirada dos órgãos. Segundo o nefrologista José Medina, os órgãos são removidos com técnicas cirúrgicas e, em alguns casos, logo após a retirada dos órgãos é feita uma prótese para que o corpo mantenha-se caracterizado. 
 
 
Médico conversa com pai e filho - Getty Images
 

Posso doar alguns órgãos em vida?

Sim. Há dois tipos de doações feitas em vida: são órgãos duplos, como pulmão e rins; ou órgãos que podem ser fragmentados, como o fígado. No entanto, a lei brasileira autoriza a doação em vida ao cônjuge, familiares até o quatro grau, ou pessoas sem grau de parentesco. Neste último caso é preciso haver a autorização judicial a fim de evitar a venda de órgãos. Além disso, há de se levar em conta a compatibilidade e eventuais riscos da doação. O especialista José Medica lembra que, hoje, o risco para o doador em vida é mínimo, mas há sempre que se considerar a grandeza de um transplante e suas decorrências. Por isso, é importante avaliar sempre a relação entre doador e receptor. 
 
 
 
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