Desde bem pequenas as crianças devem ser ensinadas a agir com respeito e a se comportar bem.
O respeito é a melhor forma de ensinar seu filho a não ser malcriado!
“Que menino malcriado!”. Não é raro ouvir essa frase partindo dos próprios pais em relação a seus filhos. Nessas ocasiões, vale a pena refletir: o que quer dizer malcriado? Malcriado é aquele que não recebeu boa criação, que não teve boa educação. E quem são os principais responsáveis pela criação e educação dos filhos? Sim, são os pais.
A melhor forma de evitar as atitudes malcriadas dos filhos é ensinando desde cedo às crianças a ter respeito pelos outros. E também orientando sobre como se portar bem nos diferentes ambientes sociais. Isso se faz estabelecendo limites e principalmente dando o exemplo. “Muitas vezes a falta de educação vem da falta de limites.
As crianças precisam de parâmetros que devem ser dados pelo adulto. Elas necessitam da ajuda do adulto para conseguir conviver socialmente, para saber o que é ou não é aceito pela sociedade”, diz Daniela Munerato, orientadora da Educação Infantil da Escola da Vila, de São Paulo.
Os pais devem educar seus filhos a tratarem os outros com respeito desde os primeiros anos de vida. Mesmo quando a criança ainda não sabe falar ou se expressar bem, ela começará a aprender pelo exemplo dado pelos adultos. Afinal, educar é dar modelo, conforme ressalta a psicóloga Aurea de Oliveira, coordenadora Colégio Augusto Laranja, de São Paulo. "Tratar a criança com respeito e educação é dar melhores condições para ela aprender a fazer o mesmo", afirma.
Em situações em que a criança se descontrola, o adulto deve ser firme, sem ser agressivo. "Deve mostrar os limites, sem agressão e sem desrespeitar a criança. E deve oferecer outras opções (de ação, de palavras, de atitudes) para mostrar como se pode controlar a situação em questão", diz Aurea de Oliveira, coordenadora Colégio Augusto Laranja, de São Paulo.
É muito importante que o adulto não perca o controle nessas horas e não deixe a criança assumir o comando. "Atualmente vemos muitas crianças assumindo o papel do adulto, decidindo pelos pais, agindo como donas da palavra em um mundo que gira em torno dela e onde ela tratada como um príncipe ou princesa", afirma Daniela Munerato, orientadora da Educação Infantil da Escola da Vila, de São Paulo.
O aprendizado é feito aos poucos, conforme a criança vai vivenciando as situações e observando os exemplos dados pelos adultos. "Esse ensino é, na verdade, uma construção que acontecerá progressivamente. É vivendo situações em que essas palavras façam sentido que a assimilação acontecerá", explica Daniela Munerato, orientadora da Educação Infantil da Escola da Vila, de São Paulo.
Muitos pais tendem a desculpar ou a deixar para lá as malcriações dos filhos pelo fato de acharem que eles ainda são pequenos demais para serem corrigidos. "As crianças não são pequenas para compreender que as boas relações são geradas por boas ações. Cada vez que o adulto deixa de intervir, está aprovando a atitude do filho. Então essas atitudes vão se tornando parte do repertório de ação daquela criança. Mudar depois será muito mais difícil", alerta Daniela Munerato, orientadora da Educação Infantil da Escola da Vila, de São Paulo.
A criança pequena repete tudo que ouve. Quando acontecer de ela repetir um palavrão, cabe ao adulto mostrar que esse não é um comportamento adequado. "Se o adulto rir ou achar graça na atitude da criança, tornará a conduta aceita e a criança vai sentir que está agradando quando falar a palavra, quando na verdade é o inverso", diz Daniela Munerato, orientadora da Educação Infantil da Escola da Vila, de São Paulo.
Aurea de Oliveira, coordenadora Colégio Augusto Laranja, de São Paulo, acrescenta que achar graça quando o filho fala palavrão ou faz uma malcriação só mostra a falta de limites e a incoerência dos adultos. "Se falar palavrão é algo que se reprove, deve-se mostrar à criança a sua reprovação e ensiná-la o que é o correto", afirma.
Quando a criança é bem pequena, deve-se explicar a ela que o palavrão é uma expressão do universo dos adultos e tentar encontrar com a criança uma palavra do universo infantil que ela possa usar para se expressar, conforme diz Daniela Munerato, orientadora da Educação Infantil da Escola da Vila, de São Paulo. Porém deve se ter em mente que as palavras - sendo consideradas ou não "palavrões" - não devem ser usadas com a intenção de ofender ninguém.
Se a criança pequena achar graça em falar palavrões, mostre que ela não deve repetir essas palavras, mas que há outras que podem ser ditas e que também podem ser engraçadas. "Deixe a criança falar palavras diferentes, inventadas, fazer sons engraçados. Se o adulto somente repreender a criança, ela vai saber que se desejar provocá-lo, usar aquela palavra será uma boa ideia", diz.
Fonte: Site Educar para Crescer
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