Os animais de estimação ajudam na qualidade de vida de qualquer pessoa. Confira a entrevista cedida pela psicóloga Marisa de Abreu para Jornal Supera BR e saiba mais sobre o assunto!
Os animais de estimação ajudam na qualidade de vida de qualquer pessoa. O contato com vida, seja com pessoas, animais ou plantas, será sempre um fator de toca afetiva interessante. Acredito que as pessoas com deficiência são especialmente beneficiados pelo contato com os animais pois são seres que oferecem carinho sem preconceitos, não desprezam pessoas devido aparência nem grau de inteligência, a única coisa que importa para que um animal ofereça afeto é que ele também receba carinho.
Um animal interage de forma muito rápida, quase instantânea com uma pessoa, diferente do ser humano que muitas vezes precisa saber quem o outro é, de onde veio, qual a família, que escola estudou e depois disso tudo decide se dedicará alguém tempo no relacionamento com esta pessoa.
O animal de estimação é quase um bebê, que precisa ser cuidado, alimentado, colocado em local limpo e aquecido. Sendo assim o proprietário de um animal de estimação é quase uma mãe, com toda a aura de proteção que as mães tem – mesmo que esta pessoa seja um homem.
O contato com animal desenvolve a necessidade de proteger, cuidar e treinar o animal – estes comportamentos são muito bem vindos pois desenvolvem habilidades que podem ser aplicadas em qualquer outro ambiente como por exemplo o profissional e o familiar.
O único prejuízo psicológico ocorre quando este animal passa a ocupar um espaço muito maior que lhe cabe, como por exemplo quando a pessoa deixa de manter contato com outras pessoas por causa do animal, conversando o dia todo com o animal mas pouco conversa com outras pessoas, ou passa a ter comportamentos exagerados humanizando demais o animal como por exemplo dando comida na boca sem necessidade. Estes são comportamentos que indicam alguma fragilidade emocional desta pessoa, e também prejudicam o animal.
Deve ser facilitado o contato para que não tenham medo dos animais, caso a família perceba que há algum receio por parte deste deficiente deve-se fazer aproximações em pequenos passos. Deve-se sempre explicar que animal é este e como ele se comporta para que o deficiente não tome sustos com reações normais do animal. Deve-se mostrar que trata-se de um ser vivo que gosta de carinho como ele também gosta. Ele aprenderá interagir e terá uma relação afetiva com o animal.
Cada família deve escolher o animal que cabe em seu orçamento e espaço. Há quem consiga ter um cavalo mas outros só comportam um cãozinho, não importa, todo animal é bem vindo.
É necessário lembrar que, normalmente, animais tem menos tempo de vida que pessoas. Este será o momento de ensinar ao deficiente sobre a finitude da vida de forma que ele aprenda a lidar com obstáculos aos quais não temos controle.
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Crédito: Marisa Psicóloga
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