No mundo inteiro nota-se um aumento da incidência de rinite com o passar
das décadas. Alguns estudos quantificam esse crescimento em até 40%.
Nos Estados Unidos, estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas sofram
de rinite.
Sem dúvida alguma, a poluição ambiental
dos grandes centros urbanos está relacionada a este aumento. Mas como
muitos de nós não podemos nos dar ao luxo de nos mudarmos para a
floresta mais próxima, o que podemos fazer para diminuir os sintomas
nasais?
Como prevenir os sintomas?
Bom, em primeiro lugar, precisamos
cuidar de nossa casa. Muitas vezes não podemos evitar o ar condicionado
do escritório, cujo filtro pode ter sido limpo pela última vez em 1947.
Mas podemos controlar o ambiente de nossa casa, em especial o quarto
onde dormimos. Já está mais que comprovado que o controle ambiental no
quarto onde o paciente com rinite dorme é o que tem maior impacto na
redução de suas queixas. São dicas importantes:
1) Evitar carpetes e tapetes. Dar preferência a pisos que possam ser limpos com um pano úmido, pelo menos uma vez por dia.
2) Tirar do armário do quarto roupas de inverno, cobertores e tudo que não é utilizado com frequência e que pode acumular poeira.
3) Trocar a roupa de cama uma a duas vezes por semana.
4) Manter o quarto arejado e ventilado.
5) Retirar os bichos de pelúcia do aposento.
6) Bichos de estimação não devem ter acesso ao quarto.
Se sua casa está em obra, paciência,
vai ser muito difícil controlar a rinite enquanto a obra durar ou você
estiver próximo a ela.
Evitar os fatores desencadeantes das crises de rinite é importante, mas nem sempre resolve. É preciso então procurar um otorrinolaringologista para uma avaliação. Isso porque nem tudo que entope o nariz é rinite alérgica. Muitas vezes trata-se de um desvio de septo ou uma sinusite crônica que estão perpetuando os sintomas e isso só o otorrino poderá dizer. Em se confirmando apenas rinite, é hora de contemplar as possibilidades de tratamento, que vão desde o uso de anti-alérgicos orais ou nasais, até a imunoterapia (as famosas vacinas). Nestes casos o otorrino avaliará o caso em conjunto com o alergista (ou alergologista).
Por último, um alerta. Usar
vasoconstritores nasais (aquelas gotinhas para desentupir nariz) durante
as crises é uma péssima ideia. Principalmente se as crises são
frequentes. Essas medicações podem viciar o paciente e, quando usadas de
forma repetida, aumentam as chances de hipertensão e outras doenças.
Até a próxima!
Até a próxima!
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