sábado, 16 de novembro de 2013

Como lidar com a preguiça de seu filho

Crianças gostam de correr, de pular, de escalar, de brincar e de participar de atividades com os adultos. É natural da idade. Por isso, quando elas mostram falta de energia, lentidão ou falta de vontade de fazer suas tarefas, é sinal de que algo está errado.
Foto: Descubra o que pode ajudar seu filho a ser menos preguiçoso!
 
Em um primeiro momento, os pais podem pensar que se trata de simples preguiça. Mas antes de rotular uma criança como preguiçosa, é preciso refletir sobre o que pode estar acontecendo com ela.
 
 
Se ela não gosta muito de se movimentar ou se cansa facilmente nas brincadeiras, uma avaliação médica se faz necessária: problemas de saúde e algumas doenças podem limitar a atividade dos pequenos. Outra possibilidade é que a criança não esteja recebendo os estímulos corretos para ser mais ativa, como ter oportunidades para brincar ao ar livre e praticar esportes.
 
 
O bom exemplo da família também é fundamental. Assim como não dá para esperar que seu filho coma verduras e legumes se você mesmo não o faz, não é possível classificá-lo como preguiçoso se você não fizer atividades físicas e passar horas e horas sentado no sofá ou diante do computador.
 
 
 
Mas se você considera que seu filho é preguiçoso por não ter iniciativa, por demorar a fazer o que lhe pedem ou por não ser prestativo, é hora de repensar sobre os limites e as responsabilidades que estão sendo dadas a ele. Desde cedo é aconselhável que as crianças aprendam a cuidar de si mesmas, de suas coisas e ajudem nas tarefas do lar. Se elas sempre tiverem alguém que faça tudo por elas, não aprenderão a cooperar nem a ter iniciativa para resolver as situações que surgirem em sua vida.
 
 
1. Há problemas de saúde que podem deixar a criança menos ativa?
Sim. Enfermidades como anemia ou disfunções da glândula tireoide, entre outras, podem causar certo desânimo que poderá ser confundido com a preguiça. Crianças mal alimentadas também podem ter ritmo de atividade mais lento. Há crianças que comem em quantidade, mas não com qualidade.
 
 
2. Como ensinar meu filho a ter mais iniciativa e ser mais participativo?
É preciso ensinar, desde cedo, quais são as responsabilidades que a criança deve ter. Todas as vezes que um adulto faz pela criança algo que ela já tem capacidade de fazer sozinha, ele tira dela a oportunidade de amadurecer e de assumir as próprias responsabilidades. 

3. A falta de rotina e o hábito de deixar a criança acordada até tarde pode ser um dos motivos da aparente preguiça das crianças?
Sem dúvida alguma. Todos precisamos de rotina, bons hábitos alimentares, horas de sono adequadas, de lazer. Cabe aos pais estabelecer e vigiar, dentro de sua estrutura familiar, as regras e os limites para o bom desenvolvimento dos filhos em cada faixa etária. Crianças até 5 anos de idade devem dormir até 12 horas por dia. Entre 5 e 10 anos precisam dormir até 10 horas. Maiores de 10 anos devem dormir no mínimo 8 horas por dia.
 

4. Praticar atividades físicas pode ajudar a criança a ter mais disposição e menos preguiça? Como ajudar o filho a gostar de esportes?
As atividade físicas, quando praticadas com moderação e com prazer, ajudam a ter mais disposição e são um ótimo estímulo ao convívio social e ao desenvolvimento motor. O ócio, assim como o excesso de atividades, em nada contribuem para o desenvolvimento físico, social e afetivo da criança ou jovem. Para incentivar os filhos a praticar esportes, os pais devem observar as suas habilidades e preferências para direcioná-los nas atividades com as quais tenham mais afinidade.
 

5. Quando uma criança se recusa a fazer suas tarefas ou faz demoradamente, como os pais devem agir?
É preciso mostrar para a criança - não só com palavras, mas de forma prática - que cada um na casa tem suas responsabilidades, inclusive ela. E que, embora possamos não gostar de fazer algumas tarefas, elas precisam ser feitas. Além disso, é necessário deixar claro que não realizar as atividades ou demorar a fazê-las, gera consequências.
 
O que os pais podem fazer para estimular os filhos a cumprir suas obrigações é mudar a maneira de falar sobre esse assunto. Muitas vezes o que é imposto não gera bons resultados. Os pais devem procurar valorizar as ações positivas ao invés de reforçar as negativas. É melhor dizer ‘você vai para o parque assim que arrumar os brinquedos’ do que falar ‘você não vai ao parque enquanto não arrumar os brinquedos!’. Na primeira opção você apresenta a situação de forma mais positiva.
 

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