Entre as novidades que acompanham o volta às aulas pode estar a mudança no meio de locomoção até a escola. Por diversas questões, como o amadurecimento da criança e a dificuldade de conciliar horários, muitos alunos passam a ir sem a companhia dos pais para a escola.
A coordenadora da ONG Criança Segura, Alessandra Françoia, lembra que crianças com menos de 10 anos não devem andar sozinhas na rua. "Crianças com essa idade têm dificuldades de julgamento da velocidade e distância dos carros, e limitação na habilidade motora, visual e auditiva para entender o trânsito", explica. Portanto é preciso observar se seu filho está apto para enfrentar o trânsito sozinho.
É difícil não ficar preocupado com a segurança do seu filho, principalmente em grandes cidades, mas a mudança também não precisa ser o fim do mundo! Atente às seguintes orientações para minimizar os riscos.
Van Escolar
No caso da van escolar, o cuidado dos pais deve centrar-se no veículo e o motorista. Confira as dicas:
No caso da van escolar, o cuidado dos pais deve centrar-se no veículo e o motorista. Confira as dicas:
Para prestar o serviço, o motorista precisa ter autorização e o cadastro do município, que dentre outros requisitos, pode exigir a aprovação em Curso de Treinamento de Condutores no Transporte Escolar de crianças. Peça a ele a documentação de registro ou entre em contato com a Secretaria Municipal de Transportes. Algumas cidades oferecem esse tipo de consulta online: em São Paulo, por exemplo, basta acessar o site da prefeitura e digitar o número da placa do veículo ou o CPF do condutor. Também é com a Secretaria Municipal de Transportes que você deve entrar em contato se quiser denunciar qualquer irregularidade. O motorista deve ter habilitação categoria D - própria para ônibus. As empresas que não estiverem cadastradas na Prefeitura não poderão fazer o transporte escolar.
Além disso, no contrato, é importante negociar para não ter que pagar reserva de vaga e período de férias, deve ficar claro se haverá reajuste em caso de aumento de preço dos combustíveis e pode-se incluir uma cláusula de multa por descumprimento de horários.
A pé ou de ônibus
Como as duas opções exigem percorrer distâncias na via pública, as orientações são parecidas.
A coordenadora Nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françoia, listou as principais orientações a ensinar para as crianças:
- Olhar para os dois lados várias vezes antes de atravessar a rua. Atravessar quando a rua estiver livre e continuar olhando para os dois lados enquanto atravessa;
- Utilizar a faixa de pedestres sempre que disponível. Mesmo na faixa, a criança deve olhar várias vezes para os dois lados e atravessar em linha reta.
- Quando não houver faixa de pedestre, a criança deve procurar outros locais seguros para atravessar, seja na esquina, em passarelas ou próximo a lombadas eletrônicas;
- Não atravessar a rua por trás de carros, ônibus, árvores e postes;
- Nunca correr para a rua sem antes parar e olhar se vem carro - seja para pegar uma bola, o cachorro ou por qualquer outra razão. Correr precipitadamente para a rua é a causa da maioria dos atropelamentos fatais com crianças;
- Caminhar de frente para o tráfego (no sentido contrário aos veículos) em estradas ou vias sem calçadas. Assim, a criança pode ver e ser vista mais facilmente;
- Fazer contato visual com o motorista ao atravessar a rua para ter certeza de ver e ser visto; - Observar os carros que estão virando ou dando ré;
- Caminhar em fila única sempre que estiver com mais crianças;
- Ao desembarcar do ônibus, esperar que o veículo pare totalmente para descer e aguardar que ele se afaste para atravessar a rua.
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