sábado, 16 de janeiro de 2016

Existe medicação para a gagueira ? A gagueira tem cura ?

Resultado de imagem para gagueiraNão há no Brasil nenhum medicamento indicado especificamente para o tratamento na gagueira. Atualmente, no exterior, estudos vêm sendo conduzidos, mas ainda se encontram em fase de testes.

A gagueira idiopática ou do desenvolvimento, aquela que persistiu no indivíduo até a idade adulta, não tem cura. Entretanto, o tratamento fonoaudiológico especializado promoverá uma fala mais fluente e proporcionará aos indivíduos que gaguejam uma melhora na sua dinâmica comunicativa.

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Fonte: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

As gagueiras são todas iguais? Existem subtipos de gagueira ?

Resultado de imagem para gagueiraPodem ser definidos três subtipos de gagueira: idiopática ou do desenvolvimento, neurogênica e psicogênica. 

A gagueira idiopática ou do desenvolvimento tem início na infância (em geral, entre 18 meses a sete anos, podendo ocorrer até os 12 anos), durante a fase de aquisição e desenvolvimento da linguagem e se caracteriza como um distúrbio crônico, mesmo que apresente períodos cíclicos de fluência. Esse subtipo é encontrado em cerca de 80% dos casos de gagueira identificados na infância. 

A gagueira idiopática ou do desenvolvimento pode ser definida como uma disfunção do sistema nervoso central (controle motor e temporal da fala), com base genética (modelo de transmissão poligênico-multifatorial), que, em sua evolução, pode acarretar impactos psicológicos e mau ajustamento social. 

A gagueira neurogênica, ou adquirida, acomete falantes fluentes, em decorrência de um dano cerebral de origem vascular ou traumática. 

A gagueira psicogênica é causada por algum evento psicológico identificável (traumático ou conflito emocional), ou é associada aos quadros psiquiátricos. 

Segundo a literatura, esses dois últimos subtipos de gagueira (neurogênicas e psicogênicas), não correspondem realmente ao distúrbio, uma vez que não apresentam seus traços distintivos básicos (hereditariedade, início simultâneo à aquisição e desenvolvimento da fala, predominância do sexo masculino e variação de acordo com o tipo de tarefa de fala), apresentam apenas a sintomatologia correlata: rupturas involuntárias do fluxo da fala e esforço para falar.

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Fonte: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

O que a escola e o professor podem fazer para ajudar um aluno com gagueira ?

Resultado de imagem para gagueiraO professor é, definitivamente, uma pessoa chave na detecção imediata e no sucesso do tratamento das desordens da fluência, pois deve dar suporte à criança com gagueira, para que esta participe, de forma plena, das atividades escolares e da integração social. 


De maneira geral, assim que o professor percebe que uma criança está se diferenciando de seu grupo, por apresentar maior número de rupturas no fluxo da fala ou por demonstrar tensão e esforço para falar, é importante que entre em contato com os pais, orientando-os a procurarem um fonoaudiólogo para a realização de avaliação específica. 


De maneira geral, na sala de aula, o professor deve agir com a criança com gagueira da mesma maneira que com as outras crianças, prestar mais atenção ao conteúdo do que a criança está dizendo do que à sua forma, reduzir a velocidade de fala ao conversar com a criança. 


As crianças com gagueira têm dias melhores e dias piores; o professor deve incentivar a participação da criança com gagueira nos dias em que ela estiver mais fluente e reduzir as solicitações quando perceber que a criança está em um dia menos fluente.


Quando o professor estiver fazendo perguntas à classe, não deve excluir a criança com gagueira desta atividade, mas pode adequá-la, fazendo perguntas que a criança possa responder com poucas palavras. 


Em atividades de leitura, ao invés de não chamar a criança para ler, peça que ela o faça em coro com um colega. Deixe que a classe toda leia em dupla de vez em quando, pois desta forma, a criança com gagueira não se sentirá “especial”. 


A ridicularização dos colegas pode ser bastante dolorosa para a criança que gagueja e deve ser contida e evitada. Se perceber que a criança está triste em decorrência de gozações dos colegas, converse com ela, mostrando-lhe que muitas crianças são ridicularizadas por diversas razões e que ela não deve levar essas gozações à sério.

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Fonte: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

A criança com gagueira pode ser tratada?

Resultado de imagem para gagueiraPode e deve fazer o tratamento. Como já mencionado, muitas crianças que apresentam disfluências superam esse período sem a necessidade de terapia.


Porém, tratando-se de crianças com risco ou alto risco para a gagueira, é fundamental um diagnóstico e tratamento rápidos. É necessário muito cuidado para buscar um profissional com competência na área, para poder realizar esse diagnóstico diferencial.


Existem muitas linhas terapêuticas para o tratamento das gagueiras infantis. Dependendo das características de cada criança e de cada família, alguns tratamentos são mais ou menos apropriados e apresentam resultados mais rápidos ou mais demorados. 

De maneira geral, os resultados da intervenção precoce são muito bons e rápidos. O sucesso do tratamento depende tanto do conhecimento e competência do profissional, quanto do envolvimento e cooperação da criança e da família.

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Fonte: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

A gagueira pode ser causa da pela atitude dos pais, familiares ou pela convivência com alguma pessoa que gagueja?

Estes fatores podem contribuir, mas não são determinantes para a instalação do distúrbio. Com o avanço dos estudos genéticos, tem sido demonstrado que a gagueira decorre de uma predisposição hereditária. 

Em termos genéticos, a predisposição familiar afetaria a fluência em relação à capacidade funcional do indivíduo para o controle temporal da fala. 

Atualmente, é aceito que a gagueira seja um distúrbio de aspecto multidimensional, ou seja, mesmo com fatores hereditários positivos, a influência ambiental poderá ou não contribuir para o desenvolvimento do distúrbio. 

A relação estaria baseada no equilíbrio ou desequilíbrio entre a demanda social (o que é “esperado” do falante) e a capacidade do indivíduo (inerente ou adquirida) em termos de precisão linguística e motora necessária à fala.

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Fonte: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

Respiração oral e alteração de fala em crianças

Resultado de imagem para Respiração oral e alteração de fala em criançasA respiração nasal propicia qualidade ao ar inspirado, protege as vias aéreas e favorece o posicionamento correto dos órgãos fono articulatórios.

Por outro lado, respirar pela boca pode comprometer o desenvolvimento infantil, alterando  o crescimento crânio - oro - facial, a fala, a alimentação, a postura corporal, a qualidade do sono, entre outros. O respirador oral também tem dificuldades na mastigação, deglutição e fala.


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Fonte: Radar da Primeira Infância

Quando a criança começa a falar?

Resultado de imagem para criança falandoEstudos indicam que os gestos realizados pelos bebês são instrumentos importantes no desenvolvimento da linguagem.

Por meio da troca de olhares com os adultos e sua responsividade aos gestos, o bebê vai adquirindo habilidades que o ajudarão a elaborar suas primeiras palavras.

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Fonte: Radar da Primeira Infância

sábado, 9 de janeiro de 2016

A gagueira faz parte do desenvolvimento normal da linguagem?

Resultado de imagem para gagueiraA gagueira é um distúrbio da fala, não regride com o tempo e não faz parte do desenvolvimento normal da linguagem.

Durante os anos de aquisição e desenvolvimento da linguagem, é comum que existam períodos variáveis no grau de fluência. Essa variação é decorrente de incertezas morfo-semântica e do amadurecimento neuromotor para os atos da fala.

A maioria das crianças supera com sucesso os períodos de disfluências. De maneira geral, se as disfluências não forem acompanhadas de esforço para falar, se não houver movimentação associada (piscar o olho, pressão exagerada nos lábios, língua, pescoço, bater a mão etc), não existe razão para uma preocupação maior.

As disfluências de palavras e segmentos, hesitações, interjeições, revisões, são comuns e presentes na fala de todos os indivíduos. Cerca de 75% das crianças que apresentam períodos de disfluência recuperam o padrão fluente em aproximadamente seis meses.

Quando a família observar dificuldades na fluência da criança, ela deve procurar orientação de um fonoaudiólogo.

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Fonte: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia