Podem ser
definidos três subtipos de gagueira: idiopática ou do desenvolvimento, neurogênica e
psicogênica.
A gagueira idiopática ou do desenvolvimento
tem início na infância (em geral,
entre 18 meses a sete anos, podendo ocorrer
até os 12 anos), durante a fase de aquisição
e desenvolvimento da linguagem e
se caracteriza como um distúrbio crônico,
mesmo que apresente períodos cíclicos
de fluência. Esse subtipo é encontrado em
cerca de 80% dos casos de gagueira identificados
na infância.
A gagueira idiopática
ou do desenvolvimento pode ser definida
como uma disfunção do sistema nervoso
central (controle motor e temporal da fala),
com base genética (modelo de transmissão
poligênico-multifatorial), que, em sua evolução, pode acarretar impactos psicológicos
e mau ajustamento social.
A gagueira neurogênica, ou adquirida, acomete
falantes fluentes, em decorrência de
um dano cerebral de origem vascular ou
traumática.
A gagueira psicogênica é causada por algum
evento psicológico identificável (traumático
ou conflito emocional), ou é associada
aos quadros psiquiátricos.
Segundo
a literatura, esses dois últimos subtipos de
gagueira (neurogênicas e psicogênicas),
não correspondem realmente ao distúrbio,
uma vez que não apresentam seus traços
distintivos básicos (hereditariedade, início
simultâneo à aquisição e desenvolvimento
da fala, predominância do sexo masculino e
variação de acordo com o tipo de tarefa de
fala), apresentam apenas a sintomatologia
correlata: rupturas involuntárias do fluxo
da fala e esforço para falar.
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Fonte: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
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