O professor é, definitivamente,
uma pessoa chave na detecção imediata e
no sucesso do tratamento das desordens da
fluência, pois deve dar suporte à criança com
gagueira, para que esta participe, de forma
plena, das atividades escolares e da integração social.
De maneira geral, assim que o
professor percebe que uma criança está se
diferenciando de seu grupo, por apresentar
maior número de rupturas no fluxo da fala
ou por demonstrar tensão e esforço para falar,
é importante que entre em contato com
os pais, orientando-os a procurarem um fonoaudiólogo
para a realização de avaliação
específica.
De maneira geral, na sala de aula,
o professor deve agir com a criança com gagueira
da mesma maneira que com as outras
crianças, prestar mais atenção ao conteúdo
do que a criança está dizendo do que
à sua forma, reduzir a velocidade de fala ao
conversar com a criança.
As crianças com
gagueira têm dias melhores e dias piores; o
professor deve incentivar a participação da
criança com gagueira nos dias em que ela
estiver mais fluente e reduzir as solicitações
quando perceber que a criança está em um
dia menos fluente.
Quando o professor estiver
fazendo perguntas à classe, não deve excluir
a criança com gagueira desta atividade,
mas pode adequá-la, fazendo perguntas
que a criança possa responder com poucas
palavras.
Em atividades de leitura, ao invés
de não chamar a criança para ler, peça que
ela o faça em coro com um colega. Deixe que
a classe toda leia em dupla de vez em quando,
pois desta forma, a criança com gagueira
não se sentirá “especial”.
A ridicularização dos colegas pode ser bastante
dolorosa para a criança que gagueja
e deve ser contida e evitada. Se perceber
que a criança está triste em decorrência de
gozações dos colegas, converse com ela,
mostrando-lhe que muitas crianças são ridicularizadas
por diversas razões e que ela
não deve levar essas gozações à sério.
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Fonte: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
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