Os músculos afetados estão hipotônicos. Os movimentos são lentos. Com frequência se observa movimentos rápidos e involuntários do globo ocular, aspereza da voz e uma monotonia no tom com poucas variações de intensidade.
O estudo das lesões cerebelares e de seus efeitos permite findar que o cerebelo regula a força, a velocidade, a duração e a direção dos movimentos originados em outros sistemas motores. Lesões no cerebelo ou em suas conexões levam a ataxia, em que os movimentos se tornam descoordenados.
Se esta ataxia afetar os músculos do mecanismo da fala, a sua produção se torna alterada. O cerebelo está anatomicamente localizado na porção posterior do tronco cerebral, onde ocupa a maior parte da fossa craniana posterior. Este órgão é separado dos lobos occipital e temporal do cérebro pelo tentório cerebelar.
Os músculos afetados se tornam hipotônicos, os movimentos lentos com alteração na força, extensão, duração e direção. Há o predomínio de monotonia, interrupções e, às vezes, nasalidade e presença de lentidão na leitura e prosódia.
A fala de pacientes com este tipo de disartria é denominada de escandida ou “scanning speech”, caracterizada por pausas depois de cada sílaba e lentidão das palavras. Estas alterações referem-se à prosódia, que consiste em enfatizar sílabas de forma diferente da habitual. Além disso, a presença de movimentos hipercompensatórios afetam a direção e controle da língua, volume, timbre da voz provocando uma articulação espasmódica, explosiva.
As alterações da fala que emergem diante da disartria atáxica, segundo Brown, Darley e Monson (1970, apud Murdoch5), são:
1) Imprecisão articulatória
2) Distorção de consoantes e vogais;
3) Intervalos prolongados e velocidade lenta
4) Voz áspera.
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Fonte: knoow.net
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