segunda-feira, 21 de abril de 2014

A Importância da Estabilidade Emocional

Essa habilidade não cognitiva pode ser trabalhada desde bem cedo na infância e garante mais aprendizado  e felicidade para a criança. Confira!!!
 
 
 
Homens emocionalmente estáveis vivem mais. Essa foi a conclusão de um importante estudo, feito com 4,2 mil adultos do sexo masculino, que foram acompanhados por no mínimo 15 anos pelo Dr. Alexander Weiss e seus colegas da Universidade de Edimburgo. Os participantes que apresentaram menos picos de descontrole viveram mais e com maior bem-estar.

E se essa constância for conquistada desde cedo na vida da pessoa? Melhor ainda! Considerada uma das habilidades não cognitivas, ou competências socioemocionais, mais preciosas, a estabilidade emocional pode - e deve - ser trabalhada na criança desde sempre.
 
 
Na escola, os ganhos são muitos, pois quem é estável aprende mais, raciocina com mais frieza e convive melhor com os colegas e os professores, além de perseverar nos estudos. Até nas provas se sai melhor, já que não tem a tendência a se desesperar. "Sabemos que a instabilidade emocional leva à dificuldade de aprendizado", alerta a psicopedagoga Paula Furtado, autora de diversos livros infanto-juvenis, entre eles Terapia do Conto - Para Curar o Coração (editora Girassol). Paula acredita que o contato contínuo com a literatura ajuda a criança a assimilar as suas angústias e, portanto, ficar mais estável.

Veja essa e outras ferramentas descobertas pelo Educar para garantir a estabilidade emocional das crianças e dos adolescentes.
 
 
1. O que é ter estabilidade emocional?
Basicamente, é responder bem a situações de estresse. Pessoas instáveis são mais emotivas, temperamentais, reativas e ansiosas. Nas crianças, essa instabilidade se expressa na forma de birras constantes, picos de raiva e a incapacidade de se autorrecuperar diante de uma frustração comum do dia a dia. Nos adolescentes, as flutuações de humor também aparecem. Já a estabilidade emocional expressa-se em forma de atenção focada na sala de aula, calma ao realizar provas e cordialidade com os colegas. A estabilidade emocional também é uma das características mais trabalhadas nas terapias cognitivo-comportamentais.
 
 
2. Estabilidade = continuidade nos estudos
Não é difícil chegar a essa conclusão: quem é mais estável tende a estudar mais, e por mais anos.  Portanto, se você quer que seu filho chegue à pós-graduação, fuja do imediatismo e invista na paciência e na perseverança.
3. Conjunto de virtudes
Temperança, resiliência, perseverança e autocontrole... São muitas as virtudes diretamente relacionadas à estabilidade emocional. O bom é que todas elas podem ser trabalhadas da mesma maneira: pelas experiências de vida e pelo modelo dado em casa.
 
4. Frustração começa em casa
Nem tudo na vida será como queremos, isso é fato. E o que seria melhor: aprender isso no próprio lar, com as pessoas que amamos, ou dar com a cara na porta lá fora, cercado por estranhos? A criança tem de aprender a se frustrar em casa, que é o lugar seguro, onde ela sabe que é amada. Estabilidade emocional é um aprendizado conquistado gradativamente, quando a criança depara com uma frustração natural da vida e não é poupada dela.
 

5. Regra é regra
Um mundo sem regras pode até parecer divertido na teoria, mas, na realidade, seria bem angustiante. Os famosos "combinados" - regras combinadas coletivamente entre pais e filhos ou professores e alunos - são uma ajuda e tanto para a manutenção da estabilidade emocional. "Assim as crianças já sabem o que podem ou não fazer e não têm de pensar nisso a toda hora", diz Paula Furtado.

6. Literatura já
O contato com a ficção na infância é essencial por vários motivos. Um deles é justamente a conquista da estabilidade emocional: envolvendo-se com a história que é contada, a criança percebe que, assim como as personagens, é capaz de enfrentar as dificuldades da vida. Ouvindo ou lendo histórias, a criança trabalha as suas angústias.

 
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Fonte: Educar para Crescer

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