domingo, 30 de julho de 2017

Problemas de fala: as 5 perguntas que você gostaria de fazer a um fonoaudiólogo

Muitos pais chegam ao consultório do fonoaudiólogo do filho cheios de dúvidas... Veja aqui as respostas às questões mais comuns trazidas aos profissionais:
(Por Lilian Kuhn )

 alguns motivos para as pessoas procurarem um atendimento fonoaudiológico. Seja por orientação da escola ou do médico, sugestão de um familiar ou até mesmo o famoso feeling,percebo que muitas dúvidas surgem nos pais e acompanhantes mesmo antes do primeiro contato com um profissional da área. Atire a primeira pedra que nunca ficou com vergonha de perguntar algo durante a consulta, não é mesmo?
Então, ao invés de dizer  “Doutora, eu não quis te questionar na hora, mas..." ou "Meu filho vai a um fonoaudiólogo e eu não sei se está adiantando. Será que devo procurar outro?", dê uma olhada nas dúvidas mais recorrentes que você gostaria (e deveria!) trazer ao fono que atende o seu filho:
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“Como você sabe que o meu filho tem uma alteração na fala?”

O fonoaudiólogo é o profissional apto a avaliar e diagnosticar alterações na fala. Além de ter um conhecimento teórico sobre o desenvolvimento típico de linguagem que embasa a observação clínica do profissional, ele pode utilizar diversos instrumentos que auxiliam no diagnóstico da criança. Assim, durante a avaliação (que, normalmente, tem duração de até quatro sessões), ele utiliza testes e protocolos, faz gravações de áudio/vídeo e também aplica questionários aos pais. Notem que, muitas vezes, a avaliação é “disfarçada”, ou seja, em brincadeiras e conversas com a criança.
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“Levo meu filho na consulta e ele só brinca”

As crianças pequenas aprendem brincando! Seja na escola, em casa, ou no consultório do fonoaudiólogo, é por meio das brincadeiras que elas vão aprender e se desenvolver. Desta forma, para tornar o processo terapêutico mais atrativo para o paciente, nós utilizamos brinquedos, jogos e até dispositivos eletrônicos. A grande diferença entre o brincar fonoaudiológico e a brincadeira em casa é que os jogos oferecidos ao paciente não são escolhidos aleatoriamente com o intuito de ele se divertir. Nós os utilizamos como instrumento para criar oportunidades e trabalhar a dificuldade apresentada pela criança.
Por exemplo, se o paciente tem alteração na produção do som “P”, eu posso sugerir brincarmos com um jogo de memória no qual os objetos têm nomes iniciados com essa letra. Se uma criança ama carrinhos e precisa trabalhar de forma específica a musculatura da boca, eu posso brincar de corrida e, enquanto o carrinho anda, ela tem que fazer a vibração dos lábios. E assim por diante...
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“Não vejo melhoras no meu filho. Será que devo mudar de profissional?”

Cada caso é um caso. Algumas melhoras acontecem muito rapidamente e outras demoram um pouco mais. Entretanto, todos nós - incluindo pais e pacientes -, precisamos ter parâmetros para julgar o bom andamento (ou não) de um processo terapêutico.Talvez a evolução seja menor do que esperada ou se restrinja a apenas um dos aspectos que precisam ser trabalhados, mas alguma melhora deve ser percebida. Se mesmo assim você continuar em dúvida, pergunte ao fonoaudiólogo e peça para ele dar exemplos da melhoria. Algumas vezes, a expectativa é grande e os pais não percebem o quanto a criança já mudou. Mas se já se passaram seis meses de trabalho e nada foi modificado, é hora de rever os trilhos da terapia e talvez pensar em outras estratégias para sanar a alteração.
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“Quanto tempo vai demorar pra terminar o tratamento?”

A duração depende principalmente do distúrbio ou da alteração que o paciente apresenta, mas também de fatores como a evolução individual durante o tratamento, o comprometimento do paciente e a dedicação da família (assiduidade e pontualidade são fundamentais!). O tempo médio da terapia para alteração funcional da voz costuma ser de seis meses. Já para crianças que nascem com deficiência auditiva, esse tempo pode ser de alguns anos, uma vez que o terapeuta acompanhará desde o desenvolvimento de linguagem oral até a fase da alfabetização. Mas uma regra é certa: o tratamento se dará de forma contínua até que a alteração cesse.
Quer ter uma ideia? Acesse o documento Guia de orientação ao fonoaudiólogo: Balizador de tempo de tratamento em Fonoaudiologia, criado pelo Conselho Regional de Fonoaudiologia. Lá é possível ver o tempo médio de duração de um processo terapêutico, bem como o número mínimo de atendimentos por semana e a duração recomendada da consulta/sessão para cada tipo de distúrbio. Mas, vale lembrar que há variações individuais que podem aumentar ou diminuir o tempo de tratamento.
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“O que devo fazer depois da alta fonoaudiológica?”

Ao receber a liberação do profissional, espera-se que o paciente já tenha superado suas questões fonoaudiológicas e esteja apto a lidar com algumas dificuldades que, por ventura, possam surgir.  É de praxe que haja um desligamento gradativo para que o profissional possa acompanhar a evolução. Por isso, depois da alta dos atendimentos semanais, o fonoaudiólogo pode propor acompanhamentos quinzenais, mensais e/ou reavaliações semestrais. Aos pais e pacientes, a dica é não esquecer as estratégias e exercícios aprendidos. E, caso percebam alguma recaída, corram para o consutório!
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Por fim, vale lembrar que a transparência e a confiança entre o profissional e a família (e vice-versa) é essencial para relação e também para o avanço no processo terapêutico fonoaudiológico. Conversar é fundamental.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Colunistas/Lilian-Kuhn/noticia/2016/06/problemas-de-fala-5-perguntas-que-voce-gostaria-de-fazer-um-fonoaudiologo.html

domingo, 23 de julho de 2017

O papel do psicopedagogo frente ao autismo


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Por ser um profissional de investigação na relação da criança com a aprendizagem e suas dificuldades, o psicopedagogo identifica e atua nas causas que promovem esse insucesso, objetivando tornar a vida, do seu paciente, mais saudável. 


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O ponto inicial é valorizar todo o conhecimento que essa criança traz do seu mundo, considerando suas experiências, aprendendo com ela, respeitando suas limitações e favorecendo uma relação de confiança e prazer.




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Entre os vários atendimentos terapêuticos dos quais o autista necessita, a  intervenção psicopedagógica é extremamente importante para o desenvolvimento intelectual, social, afetivo e corporal. 


O psicopedagogo é altamente relevante na vida da criança com TEA. Se pensarmos em terapias sem a participação desse profissional, provavelmente estaremos bloqueando a possibilidade desses pacientes terem assegurado um processo de aprendizagem mais significativo e lúdico, sua socialização mais fidedigna, seu desempenho cognitivo reabilitado e a descoberta de seus estímulos assegurada com resultados extraordinários; ou seja, perde-se a qualidade do atendimento multidisciplinar e a oportunidade de otimizar todo processo da aprendizagem e do desenvolvimento desse indivíduo.


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Compete ao psicopedagogo conhecer as características da criança com o TEA, através de observações e diálogos francos com os familiares, para que tenha condições de planejar uma intervenção que venha atingir as necessidades e os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais.



Seu  papel é de intervenção e/ou interferência, tratando da causa, com o objetivo de orientar comportamentos, mediar ações, compreender e assimilar o processo de desenvolvimento desse individuo e interação com a sociedade, conforme suas condições e limitações, num relacionamento com um mundo diferente do seu.


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O psicopedagogo, diante do diagnóstico, orientará a família e professores  em ações diversificadas:   educacionais para a aquisição da aprendizagem; no desenvolvimento da autoestima e na formação da personalidade humana, ajudando a criança autista a se sentir pertencente e inserida no contexto escolar, integrada na família e na sociedade.  
Por Rosangela Paris (Adaptado)
Fonte: http://www.utilitaonline.com.br/2015/07/15/o-papel-psicopedagogo-frente-ao-autismo/




domingo, 16 de julho de 2017

O desenvolvimento do autista por meio da psicomotricidade








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A psicomotricidade é uma ciência que envolve o desenvolvimento integrado de habilidades motoras associado aos aspectos emocionais e cognitivos, com a finalidade de melhorar e lapidar as expressões coordenadas dos movimentos do indivíduo durante uma atividade ou uma tarefa sequencial. 
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Por definição, a psicomotricidade necessita de intervenções que prezam por uma  boa estruturação hierárquica de requisitos funcionais e pela participação global das funções cerebrais.  Neste sentido, a abordagem psicomotora pode ser uma forma de manejo muito interessante em crianças com autismo, pois seu direcionamento vem de encontro às necessidades destas, as quais têm características evidentes de desestruturação sensorial, motora, na linguagem e na capacidade de perceber ambientes sociais, contextuais e correlacionar com a linguagem verbal ou não-verbal.
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A falta de controle  pela criança  de seus impulsos, limites sociais, percepção de espaço de acordo com o contexto e com as demandas de terceiros, fazem com que as formas de se expressar pelo corpo fiquem muito prejudicadas e desorganizadas. O controle de seus movimentos depende de noção espacial, sensibilidade, interação com o meio e com o outro, sendo exatamente a capacidade de integrar estes elementos que define a eficácia de uma ação organizada e também a expressão de um desejo positivo ou negativo durante a  interação com os demais a sua volta.
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psicomotricidade permite que a criança com autismo possa adquirir o que lhe é mais caro e deficitário: apropriar-se de sua imagem e esquema corporal e  da consciência de seu corpo dentro de um ambiente ou de um contexto.  Para tal objetivo, é importante que se trabalhe com esta criança por meio de estratégias que a faça se auto-perceber e se inter-relacionar com os limites do meio. Atividades como rolar, pular, tocar, mudando de lado ou de posição (frente/atrás) fazem com que ela consiga, aos poucos, perceber os limites entre seu interno e seu externo.  Deve-se, a todo momento, manter o contato visual e ajudar a seguir comandos com mudança de tonalidade de voz, a fim de desenvolver a capacidade de agir, com finalidade de iniciar e terminar processos. É comum estes conhecimentos estarem associados aos métodos de integração sensorial, pois existem muitas intersecções e estratagemas em comum entre ambos(...).
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O envolvimento da família nestas atividades é fundamental e a mesma pode ser orientada a manter tais atividades em ambiente doméstico. Os cuidadores devem ser instruídos e orientados a entender os objetivos das intervenções e estimulados a ampliar a gama de estratégias nos mais diversos contextos. É salutar que o tratamento psicomotor seja conduzido dentro de uma abordagem interdisciplinar e associado a outras formas de intervenção, pois o desenvolvimento da linguagem, o tratamento de comorbidades e o suporte escolar acrescentam e auxiliam muito a generalizar os resultados do tratamento.

Fonte: http://entendendoautismo.com.br/artigos/o-desenvolvimento-do-autista-por-meio-da-psicomotricidade/ (adaptado)