O que fazer quando seu filho morde o amiguinho, dá tapas em você ou se atira no chão e começa a gritar? A ideia, claro, é sempre optar pelo caminho da boa educação. Para isso, conversamos com alguns especialistas, que sugerem maneiras de como lidar com o pequeno –seja um bebê, seja uma criança pequenina – diante desses comportamentos.
Decifrar o comportamento infantil não é tarefa fácil para os pais. A busca por respostas costuma esbarrar na maneira como eles criam os filhos, na quantidade de “nãos” que conseguem dizer a eles, nos limites que são capazes de impor.
Maiores de 2 anos
Minha filha vive dando escândalos em locais públicos, como o shopping. Como devo repreendê-la?
Para Maria Irene Maluf, as crianças com esse tipo de comportamento recorrente são criadas sem limites e se sentem carentes de afeto e atenção. “Por não se sentirem amadas, elas tentam cada vez mais a chamar a atenção dos pais.” Isso não quer dizer que os pais não as amem, apenas que não estão sabendo demonstrar isso.
Outra razão é que muitos pais também não conseguem entender o papel da frustração e temem não ser amados se não fizerem tudo pelos filhos. “Acabam criando pessoas que não se satisfazem com nada”, afirma Maria Irene Maluf. Numa situação com essa, a pedagoga aconselha tentar acalmá-la, abaixando-se para conversar na mesma altura que ela. Se não resolver, pegue a criança e leve-a para o carro, para casa, espere que ela se acalme e aí converse.
Na hora de brincar, meu filho prefere bonecas e roupas de menina aos carrinhos e roupas masculinas. Há algum problema nisso?
Segundo Vera, nenhum problema. “Brincar exercita a fantasia e é a forma de descarregar no mundo imaginário o que não podem fazer na vida real. Todos os meninos acabam brincando de boneca, que nada mais é que o exercício de cuidar, mesmo que o façam com o ursinho de pelúcia.”
Meu filho gosta de brincar de matar as pessoas. Por muito tempo, evitei comprar armas de brinquedo, mas ele transforma qualquer objeto em revólver. Devo manter a proibição?
Na opinião de Vera, as pessoas confundem o mundo da fantasia e a realidade. “Matar na brincadeira, como no videogame, é apenas uma maneira de lidar com a agressividade.
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Crédito: Bebê Abril
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