Desde muito cedo que as crianças procuram testar os limites daqueles que as rodeiam. Como agir quando o seu filho resolve fazer uma birra? Confiram!
Procure distraí-lo: leve consigo um brinquedo
Se a tentativa de distração não resultar, não valorize a birra. Se está numa loja ou supermercado e o seu filho lhe pedir algo, e inicia uma birra, não deve dar atenção ao sucedido.
Continue as suas compras sem atribuir qualquer importância ao que está a acontecer. A criança entende que não vai cumprir o seu objetivo e para de chorar.
Importa que o seu filho perceba que não se sente, minimamente constrangido/a perante as outras pessoas, com a birra que ele está a fazer.
Não se exalte nem perca o autocontrole
No momento em que a birra está a acontecer, não se manifeste e afaste-se um pouco do seu filho. Procure não se exaltar, se o fizer não vai obter resultados a longo prazo. Aguarde que ele se aproxime de si, e aí sim, poderá perguntar-lhe serenamente se está tudo superado.
O auto controle dos pais é fundamental. Não devem perder o controlo sobre a situação. Quando o fazem, as crianças assustam-se e a birra intensifica-se, assim como a sua duração.
Diga ao seu filho que só conversará com ele depois de se acalmar. Falar apenas resulta se estiver sereno para que consiga ouvir. Não se esqueça que os pais, nesta altura, também deverão estar calmos.
Converse sobre o sucedido
Converse com o seu filho após chegarem a casa. A conversa deverá ser, obviamente, adaptada a sua idade. Mostrar que o que fez, ou seja, que aquele tipo de atitude, nunca resultará porque os pais não cedem a qualquer birra, é um modo funcional de evitar que o episódio se repita.
O tom de voz utilizado deverá ser firme, contudo, o afeto pode e deve estar presente, nomeadamente, pegando ao colo enquanto explica o porquê da decisão tomada pelos pais naquela situação concreta.
Não se esqueça, não ceda a qualquer tentativa de manipulação.
Firmeza sim, autoritarismo não
Importa mencionar que firmeza não implica utilizar gritos, palmadas e outras semelhantes. Gritar com os filhos, nomeadamente, em centros comerciais, supermercados ou lojas, não é de modo algum eficaz para ultrapassar as birras manifestadas.
Ameaçar ou bater não é útil, muito menos, à frente de outras pessoas, apenas o fará sentir-se humilhado. Comentários, como por exemplo: ”és um mariquinhas”, “bebe chorão”, confere um ataque a auto estima da criança, conduzindo a mais problemas do que resultados positivos.
Existe alguma confusão relativamente aos conceitos de firmeza e autoritarismo. Estes apresentam diferentes significados, e quando aplicados revelam resultados distintos. Enquanto as práticas parentais orientadas para a definição de regras, e cumprimento das mesmas resultam, as que implicam autoritarismo não.
Crianças reproduzem os modelos dos pais ou educadores. É essencial, não esquecer que as crianças imitam os modelos que veem em casa. Se, eventualmente, os pais apresentarem um comportamento impulsivo ou agressivo, quando chegam a casa, nomeadamente, cansados ou aborrecidos, as crianças poderão reproduzir este comportamento.
Os pais deverão definir regras claras para que as crianças sejam capazes de se orientarem. As crianças necessitam compreender que os seus comportamentos têm consequências.
Quando os pais decidem algum tipo de punição, esta deverá depender, obviamente, da sua idade. Se optarem pelo “castigo”, é aconselhável, não mais de um minuto por cada ano de idade, uma vez que, para uma criança de dois anos, por exemplo, estar dois minutos quieta e sentada é uma eternidade.
O “Time out” é uma estratégia utilizada, que tem como objetivo, acalmar a criança e acalmar-se a si também. Retira-se a criança do local do episódio e levamo-la para um outro lugar onde seja possível estar sentada mas sem qualquer distração.
Aqui é-lhe dito que permanecerá naquele local durante alguns minutos até se acalmar e que não tem permissão para sair enquanto não lhe for autorizado. O “time-out” é uma técnica e não um castigo. Tem como finalidade ajudar a criança acalmar-se, controlar-se internamente, reorganizar-se emocionalmente e pensar no que fez.
Durante este processo, não poderá dar-lhe qualquer atenção nem explicação, de modo a que a estratégia seja eficaz.
Gestão da frustração
Antes dos dois anos, a criança deverá ouvir a palavra “ Não” perante um desejo seu, que não seja apropriado. É fundamental que comece a criar mecanismos de gestão do conflito, e de resolução do “não”.
Se, eventualmente, as crianças não foram contrariadas e continuarem a ser mimadas e super protegidas, em adultos, serão muito inseguros, e com imensa dificuldade no processo de tomada de decisão, procurando sempre apoio.
Outras características poderão ser desenvolvidas, aquando da má gestão da frustração, nomeadamente, as obsessões e agressividade.
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Crédito: Site Mamãe me quer
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