quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Você sabe como ajudar na lição de casa de Português?

O que fazer quando seu filho precisa produzir um texto como lição de casa e diz não saber por onde começar? E quando ele ‘trava’ numa tarefa e pergunta se "momento" é advérbio de tempo? A recomendação tradicional dos educadores é para que os pais nunca deem respostas prontas e apenas conduzam os filhos para que cheguem às suas próprias conclusões.
 
 
 
 
Na disciplina de português, esta recomendação é ainda mais valiosa, por envolver momentos totalmente autorais e também por trabalhar conceitos essenciais para as demais matérias, como o entendimento de enunciados. Portanto, garantir que seu filho consiga ter autonomia para resolver os exercícios propostos é fundamental. E isso não significa deixá-lo desamparado no momento da tarefa.
 
 



Outra questão importante é aceitar que o erro faz parte do aprendizado e jamais escrever no lugar do filho ou reescrever para garantir o acerto. É preciso estabelecer uma verdadeira parceria de confiança com a escola e assumir seu papel de motivador, mas ao mesmo tempo, respeitando o ritmo do filho.
 
 


 Sempre tendo em mente estas  recomendações gerais, as especialistas apontam como os pais devem agir nos tipos mais comuns de tarefas enviadas para a casa da disciplina de Língua Portuguesa. Confira:
 
 


PRODUÇÃO DE TEXTO





 Os pais podem estranhar que, ao contrário do que ocorria em seu tempo como estudante, sejam raras as vezes em que seu filho têm de escrever um texto em casa.  Cada vez mais, as escolas têm preferido trabalhar produção de texto diretamente em sala de aula, por uma série de questões pedagógicas. Mas elas dão dicas de como apoiar a criança em uma lição deste tipo:
 
 
1. Conferir se a criança sabe o que foi pedido
Na maioria das vezes, o pedido de produção de texto estará relacionado a um gênero literário (crônica, artigo, conto, poema, etc.). Antes de seu filho começar, é bom saber se ele está atento a isso e sabe, de forma clara, o conceito do gênero literário pedido. Caso contrário, vale fazer, junto com a criança, um resgate no material trabalhado na escola, ver exemplos e explicações dados para que ela chegue à conclusão do que está sendo solicitado.

 
 
2. Ajudar nas referências
Quando seu filho não souber por onde começar, converse com ele sobre o que ele sabe ou pensa sobre o tema definido e, se for preciso, ajude-o a pesquisar informações e curiosidades sobre o assunto. Logo ele irá encontrar um fio condutor para a história que pretende contar.


3. Valorizar a autoria             
Esta é uma geração que está acostumada a ver o mesmo texto em diversos sites diferentes na internet e não entendem aquilo como plágio. Para eles, pegar trechos de um texto e aproveitá-los, ou mesmo copiar a ideia central, é algo válido e natural. Por isso, é papel dos pais valorizar a autoria, mostrando que, naquele momento, o que se quer é uma produção própria, original e única.


4. Demonstrar interesse e não interferir na produção
É válido pedir para ler que a criança produziu, mas demonstrando real interesse na produção e não com o intuito de revisar o que foi escrito. Diante de um texto muito confuso ou sem sentido, o pai deve primeiro elogiar os pontos positivos (como a ideia ou a descrição dos personagens) e depois comentar que sentiu dificuldades em entender alguns trechos e convidar a criança para uma releitura.
 
 
 Não se deve perguntar para a criança o que ela quis dizer com aquilo, o que a levará a explicar-se verbalmente, fugindo da proposta da produção do texto. E sim, reler com ela e ver se, para ela, aquilo faz sentido ou se ela mesma percebe a falta de clareza. Caso a criança não perceba nenhuma incoerência, a orientação é para não a obrigar reescrever ou insistir. É papel do professor trabalhar estes pontos. Às vezes, é um tarefa exploratória inicial da qual se espera realmente isso, saber como a criança faz a condução do enredo. Os pais devem tomar cuidado para não interferir, prejudicando o processo de aprendizagem.




5. Não apontar erros diretamente
           
Se no texto criado pelo filho houver erros ortográficos e gramaticais, o ideal é não apontá-los diretamente. Nada pior do que uma história criativa perder seu brilho por comentários como "casa é com ‘s’ e não com ‘z’". Neste caso, novamente o melhor é chamar para uma releitura e deixar a criança encontre (ou não) os erros.
 


As duas professoras são veementes em condenar a prática de fazer a criança reescrever dez ou vinte vezes a palavra grafada errada. Ambas consideram esta prática uma sentença de morte para a criatividade. Se os pais lidam assim com o erro, o próximo texto será o mais curto e menos origina possível, pois a criança fará de tudo para não correr o risco de errar.




Comece a colocar estas dicas em prática!

Nenhum comentário:

Postar um comentário