Fazer compras na companhia das crianças é uma missão e tanta: eles pedem tudo que vêem pela frente e ainda podem fazer pirraça quando algo é negado.
Para ajudar os pais a driblarem esse consumismo infantil, conversamos com a psicóloga Verônica Ribeiro, especialista em Psicoterapia infantil; com Isabella Henriques, diretora do Instituto Alana; e com a mamãe Gabriella Vargas, que enfrenta a vontade de comprar da pequena Ana Clara.
Para ajudar os pais a driblarem esse consumismo infantil, conversamos com a psicóloga Verônica Ribeiro, especialista em Psicoterapia infantil; com Isabella Henriques, diretora do Instituto Alana; e com a mamãe Gabriella Vargas, que enfrenta a vontade de comprar da pequena Ana Clara.
O que faz a criança querer tudo que vê pela frente?
Nós sabemos bem que nossos filhos dificilmente resistem à um novo brinquedo ou aquele doce exibido na prateleira da padaria. Mas por que as crianças não conseguem avaliar bem o que podem ou não ganhar? Segundo a psicóloga Verônica Ribeiro, o egocentrismo dos pequenos é a resposta.” A criança acha que o mundo gira em torno dela, e que suas vontades devem ser sempre satisfeitas, por isso ela quer ter as coisas, mas nem sempre ligam para o que adquirem”, explicou.
Os pedidos por roupas, brinquedos guloseimas também acontecem na casa de Gabriella Vargas. Segundo ela, os produtinhos exibidos pelas vitrines e principalmente as propagandas na televisão chamam atenção da pequena Ana Clara, de 5 anos, que muitas vezes precisa ouvir “não”. “Quando o pedido é aceitável e está ao meu alcance, eu compro. Se não, converso e explico porque não estou comprando ou não vou comprar”, contou a mamãe.
Para a sorte de Gabriella, a sua filha não costuma reclamar muito quando algo é negado, mas quando acontece, o jeito é tentar explicar de outras formas. E o bom comportamento da pequena, segundo a mamãe, se deve aos exemplos que vêm de casa. “Não sou compulsiva. Gasto quando posso. Acho que toda criança passa pela fase de pedir muito. E ela aceita bem a negativa, porque nunca me vê comprado tudo que vejo pela frente”, relevou.
Além do exemplo dos pais, as crianças também são muito influenciadas pelas propagandas que já invadiram seus mundinhos na TV, internet e até mesmo no caminho para a escola. “A publicidade infantil seduz as crianças a sempre quererem mais, muitas vezes ela nem sabe direito o que é o brinquedo. Os comerciais são divertidos, coloridos e em determinados canais de TV passam o tempo todo, impactando diretamente”, afirmou a psicóloga Verônica Ribeiro.
Para a diretora do Instituto Alana, Isabella Henriques, é importante saber que a responsabilidade do consumismo infantil não é só dos pais e precisa ser dividida com a publicidade e com toda a sociedade. “O papel da publicidade é enorme! A criança é facilmente convencida, porque ainda não responde a altura desses apelos publicitários”, explicou.
Para a diretora do Instituto Alana, Isabella Henriques, é importante saber que a responsabilidade do consumismo infantil não é só dos pais e precisa ser dividida com a publicidade e com toda a sociedade. “O papel da publicidade é enorme! A criança é facilmente convencida, porque ainda não responde a altura desses apelos publicitários”, explicou.
Já que não temos como controlar os pedidos insistentes das crianças para comprar aquele brinquedo que acabou de ser lançado ou o biscoito que tanto adora, as especialistas Verônica Ribeiro e Isabella Henriques listaram algumas dicas que os papais e mamães podem começar a seguir para driblar a vontade de comprar dos pequenos. Confira:
1 – Dê o exemplo! As crianças adoram copiar os pais, por isso, vão copiar também a sua postura diante às compras;
2 – Avalie suas condições financeiras antes de realizar cada compra. “Não se envolver em dívidas só para satisfazer a vontade da criança, para evitar escândalos na rua”, afirmou a psicóloga Verônica Ribeiro;
4 – Faça combinados com os pequenos. Antes de sair, a criança deve ser sempre orientada sobre o que irá fazer, se vai ser possível comprar algo, fazer um lanche ou ir ao parquinho. Isso evita aborrecimentos posteriores;
5 – Dê um cofrinho para seus filhos. Assim, para comprar algo que desejem, eles aprendem que terá que aguardar para ter o dinheiro suficiente;
6 – Evitar usar presentes como troca. “Os brinquedos devem ser dados para as crianças em datas especiais, mas não podem substituir a conversa e as brincadeiras entre vocês”, reafirmou a diretora do Instituto Alana, Isabella Henriques.
7 – Tente proteger a criança da publicidade infantil. Vale diminuir e controlar o contato com TV, internet e mudar os programas do final de semana. “Variar as idas ao shopping com passeios ao ar livre, por exemplo”, explicou Isabella Henriques.
8 – Por fim, é importante sempre conversar com a criança sobre dinheiro, sobre a necessidade do trabalho para adquirir coisas, sobre as necessidades básicas e prioridades. “Devemos ter em mente que esse papo sobre o dinheiro deve ser feito em linguagem simples e acessível a criança”, salientou a psicóloga Verônica Ribeiro.
Verônica Ribeiro – Psicóloga CRP 05/28293. Psicóloga infantil, Terapeuta Cognitivo Comportamental, especializada em Neuropsicologia.
Isabella Henriques é advogada, Diretora de Advocacy do Instituto Alana e coordenadora do Projeto Criança e Consumo. É mestre em Direitos Difusos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), autora de “Publicidade abusiva dirigida à criança” (Ed. Juruá) e co-autora do livro “Publicidade de Alimentos e Crianças: Regulação no Brasil e no Mundo” (Ed. Saraiva), produzido em parceria com a ANDI e a Harvard Law and International Development Society – LIDS.
Fonte: https://playkidsapp.com/family/2016/03/consumismo-infantil-como-driblar/
Isabella Henriques é advogada, Diretora de Advocacy do Instituto Alana e coordenadora do Projeto Criança e Consumo. É mestre em Direitos Difusos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), autora de “Publicidade abusiva dirigida à criança” (Ed. Juruá) e co-autora do livro “Publicidade de Alimentos e Crianças: Regulação no Brasil e no Mundo” (Ed. Saraiva), produzido em parceria com a ANDI e a Harvard Law and International Development Society – LIDS.
Fonte: https://playkidsapp.com/family/2016/03/consumismo-infantil-como-driblar/