A agressividade infantil pode se manifestar nas diferentes fases do desenvolvimento infantil, de diversas formas, contra si mesmo ou contra o outro. Como lidar com ela? Confira as dicas da Psicóloga!
Muitos pais não sabem como agir diante desse comportamento, se sentindo confusos e culpados. A agressivamente é algo inerente ao ser humano. A forma como ele reage frente a ela está vinculada a valores, leis, entre outros que vão variar de acordo com a sociedade e cultura que está inserido. Assim sendo, o que deve ser controlado são os atos de violência e agressão.
As regras e os limites são muito importantes para que a criança aprenda a controlar os seus impulsos agressivos e lidar com as suas frustrações. Não havendo essa orientação e limite por parte dos pais, faz com que a criança cresça desestruturada. Muita das vezes a criança não consegue expressar, compreender o que está sentindo, pensando e a única saída encontrada pela criança é a agressividade.
Os pais devem estar sempre alerta a qualquer comportamento agressivo do filho, dialogando com ele, mostrando que não é necessário agir de forma agressiva para adquirir o que quer, precisam fazer com que a criança entenda que não aceitam a agressividade, estimulando para que ela expresse o que está sentindo, buscando compreender os motivos que levaram a ter esse tipo de comportamento.
Quando o filho é o que sofre a agressão, os pais não devem favorecer que o filho revide, pois estará ensinando que a única forma de se defender é agredir também, precisam instruir a criança a se defender não agredindo de volta e sim não permitindo que a agressão aconteça. Com isso vai começar a aprender que existem outras formas de se defender sem ter que se tornar agressivo.
O diálogo entre a criança e os pais é importante, mas o casal parental não pode permitir que o filho faça tudo o que quer, é preciso haver um equilíbrio e dizer “não” e ainda assim ensinar para o filho que ele pode expressar suas vontades sem ser agressivo. Um acordo entre os pais deve ser estabelecido, pois se um permite tudo e o outro, não a criança fica confusa e sem parâmetro. Se um dos dois não concordar com a atitude do outro, procurar não repreender diante da criança.
O filho precisa se sentir cuidado, se o pai deixa ele fazer tudo o que quer ou der para ela tudo o que deseja é um sinal que não esta sendo cuidado e passa a ter alguns tipos de comportamentos para poder ser olhado, o filho precisa ser cuidado por esse casal parental, dizendo o que pode ou não pode fazer e seus motivos. Muita cobrança por parte dos pais e poucos elogios direcionados para a criança, pode fazer com que ela apresente autoestima baixa, se sentindo inferior, apresentando ansiedade e medo, não conseguindo realizar suas tarefas , tornando-se agressiva. Os pais devem ajudar a criança sem cobrar demais , mostrando para ela as suas qualidades.
A escola é outro dispositivo que tem função importante no lidar com esse comportamento agressivo da criança, os professores precisam escutar e ajudar a criança, se esse comportamento continuar, a escola deve comunicar e chamar os pais, para juntos encontrem a melhor solução, muita das vezes é necessário encaminhar a criança para o psicólogo para ajudar a organizar os seus sentimentos e orientar os pais como agir com o filho.
É muito importante o diálogo entre os dispositivos família e escola, sem que um direcione a culpa para o outro pelo comportamento da criança e sim trabalharem juntos para amenizar essa conduta agressiva, para a escola saber quais os comportamentos da criança em casa e a família as condutas da criança no ambiente escolar.
O lúdico é um elemento importante para a criança resolver seus conflitos emocionais. Na brincadeira ela pode encontrar formas de lidar com seus impulsos e sentimentos como a agressividade entre outros. O esporte também é uma alternativa que permite que a criança extravase toda sua energia, aprendendo regras e convivendo com outras crianças.
O castigo e a punição nem sempre são táticas que funcionam, o importante é fazer com que a criança entenda que os limites e as regras existem e seus comportamentos podem ser aprovados ou não pelas pessoas do seu convívio.
Este conteúdo foi útil para você?
Compartilhe com seus amigos!
Fonte: Fernanda P. de Almeida
Nenhum comentário:
Postar um comentário