Quantas crianças não pedem um animal de estimação de presente? Com uma rotina cada vez mais atarefada, não dá para culpar os pais se a tendência é que a resposta seja negativa. No entanto, existem alguns motivos, comprovados pela ciência, que podem fazer você pensar duas vezes antes de dizer "não". Depois de ler os cinco itens abaixo, existem grandes chances da sua família ganhar um novo membro!
1. Crianças que convivem com cães têm
menos probabilidade de sofrer de ansiedade infantil
Um estudo recente, realizado pela
Universidade de Oklahoma e publicado no site do Centers for Disease Control and
Prevention (CDC), nos Estados Unidos, acompanhou 643 crianças de 4 a 10 anos
por 18 meses e concluiu que as crianças que convivem com cães de estimação têm
menos probabilidade de sofrer de ansiedade infantil. Para a psicóloga e
psicoterapeuta especializada em comportamento infantil Andreia Calçada, o
resultado do estudo faz todo o sentido. "A relação com o animal estimula o
afeto, o companheirismo, a organização, a paciência, a responsabilidade... Quem
tem uma tendência a desenvolver ansiedade na infância tem uma preocupação muito
grande com tudo. O animal tira um pouco esse foco e ajuda a criança a
aproveitar mais o momento e curtir ali com seu novo amigo, sem pensar no que
vai acontecer depois, sem acelerar o fluxo", explica a especialista.
2. Crianças que têm
animais de estimação desenvolvem melhor as habilidades sociais
A convivência com animais de estimação também melhora a qualidade da
relação dos pequenos com as pessoas ao redor. Segundo um estudo da Universidade
de Cambridge, aquelas que têm vínculo forte com os pets ajudam mais aos outros,
aprendem a dividir e interagem mais. A pesquisa, que analisou o comportamento
de crianças de 2 a 12 anos de idade, revelou ainda que algumas delas,
principalmente as meninas, confiam mais nos bichos do que nos próprios irmãos.
"Elas podem sentir que os pets não estão julgando e, como eles não parecem
ter os próprios problemas, eles simplesmente escutam", explicou o
psiquiatra Matt Cassels, um dos responsáveis pela análise.
3. O contato com
animais durante a infância diminui risco de asma
Crescer ao lado de um cachorro pode diminuir em 15% o risco de
apresentar asma. É o que diz uma pesquisa que analisou os registros de
mais de um milhão de crianças na Suécia. Os resultados do estudo foram
publicados na conceituada revista Jama Pediatrics em novembro
deste ano. "Estudos anteriores mostraram que crescer em uma fazenda reduz
o risco de a criança apresentar asma pela metade. Queríamos ver se essa relação
também era verdadeira para crianças que crescem com cães em casa. Nossas
resultados confirmaram o efeito das fazendas e também vimos que crianças que
cresceram com cães tinham 15% menos asma do que as outras", disse Tove
Fall, professor assistente em Epidemiologia do Departamento de Ciências Médicas
e do Laboratório de Ciência para a Vida, da Universidade Uppsala, que coordenou
o estudo junto com pesquisadores do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na
Suécia.
4. A convivência
com cães deixa seu filho mais resistente a alergias
Quando nasce um bebê, muitas pessoas aconselham os novos pais a se
livrarem dos animais de estimação da casa porque eles podem causar alergias ao
bebê. No entanto, de acordo com um estudo da Universidade de Wisconsin, nos
Estados Unidos, concluiu que o que acontece é o contrário: de acordo com os
especialistas, a exposição dos bebês desde cedo ao contato com os pets pode
influenciar positivamente o desenvolvimento do sistema imunológico e reduzir a
probabilidade de a criança apresentar certas alergias. Os cientistas
acompanharam 275 crianças por três anos e concluíram que as que tinham um
cachorro em casa tinham menos probabilidades de apresentar dermatite
atópica e ruídos decorrentes de crises de asma.
5. Crianças que têm
animais de estimação são mais ativas
Correr, brincar, levar para passear, cuidar do bichinho... Dá para
entender facilmente porque as crianças que têm pets em casa são mesmo mais
ativas que as outras. Pesquisadores da Universidade St. George, em Londres, no
Reino Unido, usaram monitores de atividade para gravar o nível de movimentação
de mais de 2 mil crianças de 9 e 10 anos ao longo de sete dias. As crianças com
cachorros tinham, em média, 325 minutos (mais de cinco horas) de atividades
físicas por dia. As crianças que não tinham animais se movimentavam 11 minutos
a menos por dia. Durante os sete dias, a diferença soma mais de uma hora. O
estudo foi publicado no American Journal of
Public Health.
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